Tragédias e Mortes no Jornal Nacional: Reflexões Sobre Transformações no Telejornal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2023.206952

Palavras-chave:

Tragédias, Mortes, Telejornalismo, Jornal Nacional, Gênero televisivo como categoria cultural

Resumo

No telejornalismo brasileiro, muitas mortes provindas de tragédias fazem parte da pauta telejornalística, inclusive do Jornal Nacional. Extensas e detalhadas coberturas são realizadas no jornalismo televisivo quando os eventos envolvem mortes trágicas. Assim, este artigo tem como foco observar as ressignificações do subgênero telejornal, em coberturas de tragédias, levando em consideração que o telejornal é perpassado por transformações culturais e sociais. Para ilustrar, serão avaliadas as coberturas do incêndio do edifício Andorinha, da queda do avião da TAM e do incêndio da boate Kiss, que resultaram em grande número de mortes e geraram intensa comoção do público. O olhar teórico é guiado pela noção de gênero televisivo como categoria cultural (Mittell, 2001). A pesquisa tem caráter exploratório e observacional (Gil, 2008).

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Biografia do Autor

  • Michele Negrini, Sem Registro de Afiliação

    Jornalista; mestre em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; e doutora em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do RS. Realizou estágio pós-doutoral no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, da UFBA.

  • Silvana Copetti Dalmaso, Sem Registro de Afiliação

    Jornalista; mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Federal de Santa Maria; doutora em Comunicação e informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2023-05-17

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

Tragédias e Mortes no Jornal Nacional: Reflexões Sobre Transformações no Telejornal. (2023). Novos Olhares, 12(1), 104-116. https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2023.206952