O demônio da reescrita: Vilém Flusser e a escrita conceitual como futuro do escrever

Autores

  • Luis Felipe Silveira de Abreu Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2022.191849

Palavras-chave:

Reescrita, Aparelhos, Linguagem, Vilém Flusser

Resumo

Este ensaio busca refletir a provocação de Vilém Flusser sobre o futuro da escrita, à luz de movimentos literários contemporâneos de reescrita, através de pesquisa bibliográfica exploratória. Apresentamos os movimentos contemporâneos envolvidos pelo reescrever, sobretudo sob a rubrica da escrita conceitual. Entendemos que essa escrita distende o imperativo informacional do escrever, como o definia Flusser, na direção de novas possibilidades para a linguagem verbal. Estas se realizam por dois gestos, como o demonstramos: a linguagem é entendida e descrita por esses escritores como aparelho; e então esse aparelho é submetido ao jogo por meio da escrita de apropriação.

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Biografia do Autor

  • Luis Felipe Silveira de Abreu, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Doutorando em Comunicação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisador colaborador, em estágio-sanduíche, no Programa de Pós-Graduação em Letras, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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Publicado

2022-06-29

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

O demônio da reescrita: Vilém Flusser e a escrita conceitual como futuro do escrever. (2022). Novos Olhares, 11(1), 104-114. https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2022.191849