Conhecimento e atuação política: a arte e a ancestralidade africana no livro Desde que o samba é samba, de Paulo Lins
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2017.122208Palavras-chave:
samba, ancestralidade, estética, ética, cultura afro-brasileira, Literatura BrasileiraResumo
O artigo centra-se na leitura do livro Desde que o samba é samba, de Paulo Lins, a partir da relação entre vida e arte e da ancestralidade presentes no romance. A vida relacionada à arte evidencia um trajeto de lutas e resistências permeado pela produção e uso da música em sua potência estética e política. A ancestralidade, entendida como princípio norteador da vida dos afrodescendentes e de produções discursivas identitárias do povo que sofre a diáspora e o preconceito racial, funciona como escolha estética para narrar o surgimento do samba e enfatizar sua origem negra, configurando-se, também, como espaço de conhecimento e atuação política. A leitura proposta será fundamentada pelos pressupostos das teorias culturais de Homi Bhabha, pelas relações identitárias analisadas por Stuart Hall, pelas análises da história política e cultural negra no ocidente desenvolvidas por Paul Gilroy e pelos postulados filosóficos de Eduardo Oliveira pensados a partir da cosmovisão africana.
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Referências
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