A representação feminina em Machado de Assis: Helena, embrião de Capitu

Autores

  • Jean Fabricio Lopes Ferreira Universidade Federal de Pelotas
  • Andrea Czarnobay Perrot Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2017.137792

Palavras-chave:

Machado de Assis, Representação feminina, Modernidade, Helena, Capitu

Resumo

Pretende-se, neste artigo, discorrer sobre as ideias de Machado de Assis presentes na representação feminina de Helena e de Capitu, personagens machadianas de fases distintas – cronologicamente – de sua obra, Helena (1876) e Dom Casmurro (1899). Para tanto, serão explorados os processos de construção das referidas personagens, bem como a relação desses processos com os preceitos da escola literária em vigor à época da escrita de cada romance e com o contexto sociocultural ao qual pertenciam. Assim, trabalhando com a ideia de Modernidade e revisando elementos da fortuna crítica sobre Machado em relação ao tema, buscou-se traçar um panorama que retrate a representação feminina semelhante, tanto de Helena quanto de Capitu. Busca-se, sobretudo, mostrar que Helena já trazia em si elementos de Capitu, revelando que a obra de Machado de Assis pode e deve ser vista como um todo, e não cindida em duas fases.

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Biografia do Autor

  • Jean Fabricio Lopes Ferreira, Universidade Federal de Pelotas
    Graduando em Letras – Português, Inglês e suas respectivas Literaturas pela Universidade Federal de Pelotas. Bolsista PIBID/CAPES – Letras, UFPel.
  • Andrea Czarnobay Perrot, Universidade Federal de Pelotas
    Doutora em Letras – Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora Adjunta do Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas.

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Publicado

2017-12-29

Edição

Seção

Tema livre

Como Citar

A representação feminina em Machado de Assis: Helena, embrião de Capitu. (2017). Opiniães, 11, 111-122. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2017.137792