A Balalaika de Gonzago: Marília vai à Rússia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2018.148604

Palavras-chave:

Tomás Antônio Gonzaga, Aleksandr Púchkin, Marília de Dirceu, tradução, literatura brasileira, literatura russa

Resumo

O presente artigo busca compreender as modificações da lira IX da segunda parte de Marília de Dirceu (1792) na passagem do português ao russo. A partir de uma tradução triangulada, que atravessa a via francófona, levantamos alguns aspectos (ambientação, elementos poéticos, personagens etc.) que, durante o percurso, sofreram alterações. Vertida por escritores de diferentes nações – Eugène de Monglave (1796-1878) e P. Chalas, na França; Aleksandr Púchkin (1799-1837), na Rússia –, a lira de Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) ganhou novos tons. Propusemo-nos, portanto, a analisar esses novos textos, aos quais estão expostos os leitores gálicos e russos, em contraste com o original.

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Publicado

2018-12-21

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