A importância da viagem: uma correspondência poética entre poetas e caraíbas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.166277Palavras-chave:
Caraíba, Poeta, Max Martins, ViagemResumo
Este trabalho se dispôs a interpretar as longas peregrinações realizadas pelos tupis-guaranis de modo a estabelecer relação com uma noção de viagem que é muito cara à linguagem poética, aliás, própria do estatuto do poeta, ou seja, daquele que se lança no fazer poético; assim como a imagem ascética e errante do caraíba, enquanto designação também do poeta. Deste modo, pensar nesta correspondência entre o ritual indígena em busca de um território sagrado para refletir no próprio expediente poético, e em como ambos dialogam, ao entenderem, cada um à sua maneira, a importância da viagem, de sua trajetória e errância, mas também da figura do profeta-poeta, ou seja, daquele que se dispõe obstinada e religiosamente, no sentido da busca pelo sagrado, nesta perquirição. Para estabelecer tal correspondência, usaremos a trajetória poética de Max Martins, pois ele incorporou tais aspectos. Entre os teóricos que direcionaram este trabalho estão Maurice Blanchot, Martin Heidegger, Benedito Nunes, Edmond Jabès, entre outros.
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Referências
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