Transcrição das narrativas indígenas e fidedignidade aos relatos orais originários: o caso da lenda do Jurupari
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2021.186293Palavras-chave:
Mitologia indígena, Jurupari, religião, Stradelli, Ermano Stradelli, Brandão de Amorim, Barbosa RodriguesResumo
Este artigo visa a ilustrar o quanto a mitologia indígena foi adaptada aos interesses do colonizador europeu, correspondendo a interesses políticos ou religiosos. É função deste trabalho também reservar um espaço de representação para os linguistas e etnólogos que alcançaram a fidedignidade no letramento das histórias narradas oralmente. Para isto, ilustrou-se o caso da lenda do Jurupari e o quanto ela foi interpretada de acordo com o momento histórico e com o propósito a que correspondeu até chegar aos nossos dias, revalorizando a cosmogonia original com que os mitos indígenas foram criados.
Downloads
Referências
AMORIM, Antonio Brandão de. Lendas em Nheengatu e em Português. Revista do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, tomo 100, vol. 154 (2. de 1926), pp. 9-475. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1928. Disponível em: http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Aamorim-1928-lendas/amorim_1928_lendas.pdf. Acesso em: 17 mai. 2021.
BROTHERSTON, Gordon; SÁ, Lúcia. Peixes, constelações e jurupari: a pequena enciclopédia amazônica de Stradelli. In: STRADELLI, Ermanno. Vocabulário português-nheengatu, nheengatu-português. Cotia: Ateliê Editorial, 2014, pp. 11-33.
CAMPBELL, Joseph; MOYERS, Bill. O poder do mito. Trad.: MOISÉS, Carlos Felipe. São Paulo: Palas Athena, 1991.
CAMPOI, Juliana F. de A. R. A literatura brasileira em nheengatu : uma construção de narrativas no século XIX. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira) – Universidade de São Paulo, 2017. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-06112015-154228/publico/2015_JulianaFlaviadeAssisLorencaoCampoi_VCorr.pdf. Acesso em: 10 mai. 2021.
CASSIRER, Ernst. Linguagem e mito. 3. edição. São Paulo: Perspectiva. 1992.
COSTA, Selda V. da. Por rios Amazônicos: conversas Epistolares com Nunes Pereira. In: Vozes da Amazônia: investigação sobre o pensamento social brasileiro. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas – EDUA, 2007.
ELIADE, Mircea. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva. 1972.
MELATTI, Julio Cezar. Mitos e Crenças. In: Índios do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007.
NAVARRO, Eduardo de Almeida. Lida dos missionários com os sertanejos, tradução de texto do século XVIII, em língua geral amazônica, IHGBSP, 2013a. Disponível em: http://tupi.fflch.usp.br/sites/tupi.fflch.usp.br/files/LIDA%20DOS%20MISSION%C3%81RIOS%20COM%20OS%20SERTANEJOS,%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20de%20texto%20do%20s%C3%A9culo%20XVIII,%20em%20l%C3%ADngua%20geral%20amaz%C3%B4nica.pdf. Acesso em: 25 mai. 2021.
NAVARRO, Eduardo de Almeida. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Editora Global, 2013b.
RODRIGUES, João Barbosa. Poranduba amazonense, ou kochiyma-uara porandub. Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger & Filhos, 1890. Disponível em: http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Arodrigues-1890-poranduba/rodrigues_1890_poranduba.pdf. Acesso em 11 mai. 2021.
SEVERI, Carlo. Cosmologia, crise e paradoxo: da imagem de homens e mulheres brancos na tradição xamânica Kuna. Mana, vol. 6, n. 1, pp. 121-151. Rio de Janeiro, 2000.
SIMONETTI, Zeina Paula Reis do Couto. Do mito à literatura. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal do Amazonas, 2003. Disponível em: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5844. Acesso em: 18 mai. 2021.
SOUSA, Herculano Marcos Inglês de. Contos Amazônicos. Rio de Janeiro: Editora Presença, 1988.
STRADELLI, Ermano. Vocabulário português-nheengatu nheengatu-português. Cotia: Ateliê Cultural, 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Edgard Tessuto Junior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista Opiniães não exerce cobrança pelas contribuições recebidas, garantindo o compartilhamento universal de suas publicações. Os autores mantêm os direitos autorais sobre os textos originais e inéditos que disponibilizarem e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.