Quando não escrevemos, escrevemos: a performance na escrita de si

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.165634

Palavras-chave:

Autoficção, Performance, Palestra performática, Persona

Resumo

Aproximando os conceitos de autoficção e de performance, a partir sobretudo das discussões de Diana Klinger, Diana Taylor e Renato Cohen, adentraremos o projeto Não Escrever, de Paloma Vidal. Estaremos interessados em observar como as duas manifestações que percorrem seu projeto, oferecidas ao público em formato de performance e de livro-cartonero (prática argentina de confeccionar livros manualmente com papelão), convivem e integram de modo equilibrado o processo criativo da escritora. Discutiremos também como o elemento performático é relevante para a escrita de Vidal, na construção de sua escrita de si e na constituição de sua persona.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Katerina Blasques Kaspar, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Mestranda no Programa de Pós-Graduação LETRA (Letras Estrangeiras e Tradução) da FFLCH/USP.

Referências

BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria. Trad. Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BARTHES, Roland. Roland Barthes por Roland Barthes. Trad. Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Estação Liberdade, 2017.

BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

COHEN, Renato. Performance como linguagem. 3 ed. [2011]. São Paulo: Perspectiva, 2013.

KLINGER, Diana. Escritas de si, escritas do outro: o retorno do autor e a virada etnográfica. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007

PERRONE-MOISÉS, Leyla. "A literatura na cultura contemporânea”, in: Mutações da literatura contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 27-37.

PHELAN, Peggy. “Ontología del performance: representación sin reproducción” [1993]. Trad. Ricardo Rubio, in : Estudios Avanzados de Performance. Ciudad de México : Fondo de Cultura Económica, 2011, p. 91-121.

SALLES, Cecilia Almeida. Gesto inacabado: processo de criação artística [1998]. 4 ed. São Paulo: Fapesp/Annablume, 2009.

SALLES, Cecilia Almeida. Redes da criação: construção da obra de arte. São Paulo: Horizonte, 2006.

TAYLOR, Diana. “Introducción. Performance, teoría y práctica”, in : Estudios Avanzados de Performance. Ciudad de México : Fondo de Cultura Económica, 2011, p. 7-30.

VIDAL, Paloma. Não Escrever. São Paulo: Malha Fina Cartonera, 2018.

VIDAL, Paloma. Não escrever - romance e anotação. Projeto de Pesquisa. São Paulo: CNPq, 2015. [Acesso: Arquivo disponibilizado pela escritora]

ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura [2006]. Trad. Jerusa Pires Ferreira; Suely Fenerich. São Paulo: Ubu, 2018.

Downloads

Publicado

2020-07-31

Edição

Seção

Performatividade e Campo expandido na Literatura brasileira

Como Citar

Quando não escrevemos, escrevemos: a performance na escrita de si. (2020). Opiniães, 16, 17-40. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.165634