Conhecimento e atuação política: a arte e a ancestralidade africana no livro Desde que o samba é samba, de Paulo Lins

Autores

  • Luciana Marquesini Mongim Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2017.122208

Palavras-chave:

samba, ancestralidade, estética, ética, cultura afro-brasileira, Literatura Brasileira

Resumo

O artigo centra-se na leitura do livro Desde que o samba é samba, de Paulo Lins, a partir da relação entre vida e arte e da ancestralidade presentes no romance. A vida relacionada à arte evidencia um trajeto de lutas e resistências permeado pela produção e uso da música em sua potência estética e política. A ancestralidade, entendida como princípio norteador da vida dos afrodescendentes e de produções discursivas identitárias do povo que sofre a diáspora e o preconceito racial, funciona como escolha estética para narrar o surgimento do samba e enfatizar sua origem negra, configurando-se, também, como espaço de conhecimento e atuação política. A leitura proposta será fundamentada pelos pressupostos das teorias culturais de Homi Bhabha, pelas relações identitárias analisadas por Stuart Hall, pelas análises da história política e cultural negra no ocidente desenvolvidas por Paul Gilroy e pelos postulados filosóficos de Eduardo Oliveira pensados a partir da cosmovisão africana.

 

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Biografia do Autor

  • Luciana Marquesini Mongim, Universidade Federal do Espírito Santo
     Doutoranda em Letras - Área de concentração: Estudos Literários (Ufes), possui mestrado em Letras - Área de concentração: Estudos Literários (2012) pela Universidade Federal do Espírito Santo, graduação em Letras Português (2008) e Comunicação Social/Jornalismo (2002) pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). É especialista em Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnica de Nível Médio (2010) pelo Instituto Federal de Educação do Espírito Santo (Ifes) e em Ensino e interdisciplinaridade - História e Literatura: texto e contexto (2005) pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Referências

BHABHA, H. K. O local da cultura. Tradução Myriam Ávila et al. Belo Horizonte: UFMG, 1998.

GILROY, Paul. Atlântico Negro: Modernidade e dupla consciência. Tradução Cid Knipel Moreira. Rio de Janeiro: Editora 34, 2001.

HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro. 11 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

LINS, Paulo. Desde que o samba é samba. São Paulo: Planeta, 2012.

OLIVEIRA, Eduardo David de. Cosmovisão africana no Brasil: elementos para uma filosofia afrodescendente. Fortaleza: IBECA, 2003.

VALLADARES, Licia do Prado. A invenção da favela: Do mito de origem a favela.com. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 2005.

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Publicado

2017-06-10

Como Citar

Conhecimento e atuação política: a arte e a ancestralidade africana no livro Desde que o samba é samba, de Paulo Lins. (2017). Opiniães, 10, 18-29. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2017.122208