Crises, desejos e formas: as faces da resistência na poesia de Max Martins
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2018.143398Palavras-chave:
Max Martins, Resistência, poesia brasileira contemporânea.Resumo
É possível considerar a poesia como um ato político de resistência? Seria a poesia, ela própria, um canal de imanente insubordinação? Tais questões nos levam a pensar, neste artigo, em um dos aspectos fulcrais da poesia de Max Martins: a abertura para uma postura crítica do poético. Assim, busca-se refletir sobre certo predicado de resistência que habita o pensamento do poeta paraense, nas faces constituintes de uma transgressão particular vinculada às acepções de metalinguagem, erotismo, visualidade e misticismo que encontramos em sua poesia. Neste percurso interpretativo, apoiamo- nos nos textos de Bosi (1977), Nunes (1992), Siscar (2010) e Barthes (2013), a fim de trazer à luz as crises, os desejos e as formas que conduziram Max Martins, da modernidade ao pensamento contemporâneo, às potências dos atravessamentos poéticos.
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