A Representação do estado patriarcal no livro O Martelo de Adelaide Ivánova

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2021.181326

Palavras-chave:

Patriarcado, Feminismo, Poesia, Literatura brasileira, Literatura contemporânea

Resumo

Historicamente utilizado como referência às sociedades pré-capitalistas, o Patriarcado e suas conceituações teóricas ganharam novos contornos na contemporaneidade. Atualmente, os estudos feministas, apesar de não darem uma resposta horizontal quanto à sua aplicação (justamente devido a sua heterogeneidade), fundamentam-se na ideia primordial que as estruturas sociais seguem, ainda no agora, a viver sob as heranças destes códigos engendrados culturalmente no seio do sistema capitalista enquanto expressão máxima da sua operação, um paradigma, capaz de organizar e moldar o pensamento social pela ideologia dominante por um tão longo período onde seu conteúdo fundamental se naturalizou, perdeu de vista sua origem histórica e isentou-se de quaisquer questionamentos. A partir desta premissa, e a luz das cartografias desenvolvidas pelos estudos feministas, este presente artigo pretende dissecar a representação do patriarcado e seu modo operativo presente no livro O Martelo, da poeta brasileira radicada em Berlim, Adelaide Ivánova, publicado no Brasil pelas Edições Garupa em 2017, e antes disto, em 2015, em Portugal pela Douda Correria, e destacado vencedor do Prêmio Rio de Literatura em 2018.

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Biografia do Autor

  • Manuella Bezerra de Melo Martins, Universidade do Minho - Uminho
    É mestre em Teoria da Literatura e Literaturas Lusófonas e bolsista pela Fundação para Ciência e Tecnologia de Portugal (FCT) no Programa Doutoral em Modernidades Comparadas; Literaturas, artes e culturas da Universidade do Minho (Uminho), em Portugal.

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Publicado

2021-07-31

Dados de financiamento

Como Citar

A Representação do estado patriarcal no livro O Martelo de Adelaide Ivánova. (2021). Opiniães, 18, 448-465. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2021.181326