O discurso do empreendedorismo e inovação nas relações de trabalho
um estudo de Vagas Arrombadas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2019.161101Palavras-chave:
Empreendedorismo, Inovação, Comunicação, Relações de Trabalho, Vagas ArrombadasResumo
O artigo reflete criticamente sobre como valores associados com uma cultura de gestão empreendedora são incorporados, naturalizados e romantizados por ofertas de emprego de organizações contemporâneas de comunicação, especialmente start-ups. Realiza a análise de postagens coletadas no Vagas Arrombadas, página que expõe vagas consideradas abusivas, revelando dois quadros de sentido que ocultam, e fomentam, elementos da precarização das relações de trabalho: (a) a não conformidade com o espaço organizacional e (b) a não conformidade com a dinâmica de trabalho tradicional.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Roberto. A performance dos públicos midiáticos e a constituição social de valores: o caso Alberto Cowboy em Big Brother Brasil 7. In: FRANÇA, Vera; CORRÊA, Laura (org.). Mídia, instituições e valores. Belo Horizonte: Autêntica, 2012, p. 67-84.
ALVES, Giovanni. Trabalho e subjetividade: o espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório. São Paulo: Boitempo, 2011.
ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2018.
BALDISSERA, Rudimar. Comunicação organizacional na perspectiva da complexidade. Organicom, São Paulo, ano 6, edição especial, n. 10/11, 2009, p. 115-120.
BALDISSERA, Rudimar. Relações públicas: uma perspectiva a partir do paradigma da complexidade. In: GONÇALVES, Gisela; GUIMARÃES, Marcela (org.). Fronteiras e fundamentos conceptuais das relações públicas. 1. ed. Covilhã: Labcom, 2014. p. 49-64. 1 v.
BATESON, Gregory. Uma teoria sobre brincadeira e fantasia. In: RIBEIRO, Branca Telles; GARCEZ, Pedro (org.). Sociolinguística internacional. São Paulo: Loyola, 2002.
BAUMAN, Zygmunt. A ética é possível num mundo de consumidores? Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
PRECARIZAÇÃO: página no Facebook expõe vagas de emprego “arrombadas”. Carta Capital, São Paulo, 14 out. 2017. Disponível em: http://bit.ly/367LM6O. Acesso em: 15 ago. 2019.
EHRENBERG, Alain. O culto da performance: da aventura empreendedora à depressão nervosa. Aparecida: Ideias e Letras, 2010.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1998.
FRANÇA, Vera R. V. A TV e a dança dos valores: roteiro analítico para tratar da relação entre televisão e sociedade. In: FRANÇA, Vera R. V.; CORRÊA, Laura G. (org.). Mídia, instituições e valores. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. p. 37-51.
FRANÇA, Vera; CORRÊA, Laura (org.). Mídia, instituições e valores. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
GOFFMAN, Erving. Frame analysis: an essay on the organization of experience. Boston: Northeastern University Press, 1986.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2017.
LIMA, Fábia. Possíveis contribuições do paradigma relacional para o estudo da comunicação no contexto das organizações. In: OLIVEIRA, Ivone; SOARES, Ana Thereza (org.). Interfaces e tendências da comunicação no contexto das organizações. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2008. p. 109-130.
MENDONÇA, Ricardo; SIMÕES, Paula. Enquadramento: diferentes operacionalizações analíticas de um conceito. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 27, n. 79, p. 187-201, 2012.
MOURÃO, Isaura; OLIVEIRA, Ivone. Comunicação organizacional: análise dos construtos teóricos e a práxis na formação do discurso. Conexão: comunicação e cultura, Caxias do Sul, v. 16, n. 29, 2016, p. 189-208.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A submissão implica a cessão de direitos da primeira publicação à revista Organicom, sem pagamento. Os autores podem estabelecer por separado acordos adicionais para a distribuição não exclusiva de versão da obra publicada na revista (como colocar em um repositório institucional ou publicar um livro), com o devido reconhecimento de sua publicação inicial na revista Organicom.