Precisamos falar de Marx: e isso pode começar pela comunicação organizacional

Autores

  • Dôuglas Aparecido Ferreira Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2021.185740

Palavras-chave:

Contradições, Capitalismo, Comunicação organizacional

Resumo

Este artigo é uma provocação teórica que parte da constatação de uma lacuna nos estudos da comunicação organizacional. Para isso, nos fundamentamos na aproximação de Marx com a perspectiva praxiológica de Quéré, entendendo que essa articulação pode trazer contribuições para as investigações das contradições do capitalismo. Como resultado, o artigo apresenta o esboço de um trajeto metodológico para compreender objetos da comunicação organizacional, de modo que se revelem as contradições do capitalismo, contribuindo para a transformação da realidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Dôuglas Aparecido Ferreira, Universidade Federal de Mato Grosso

    Professor da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Doutorando em Comunicação Social na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Interações Midiáticas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Especialista em Gestão de Marcas e Identidade Corporativa pela PUC-Minas. Graduado em Comunicação Social: Gestão da Comunicação Integrada – habilitação em Publicidade e Propaganda – pela PUC-Minas. Membro do Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade (GRIS) da UFMG. Membro do Laboratório de Estudos e Observação em Publicidade, Comunicação e Sociedade (OPSlab) da UFMT.

Referências

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho.11. ed. São Paulo: Boitempo, 2009.

BOUZON, Arlette; OLIVEIRA, Ivone de Lourdes de. As revistas científicas de comunicação organizacional e suas marcas epistemológicas: um estudo comparativo entre França e Brasil. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 38, n. 1, p. 129-149, 2015.

CÓRDOBA, Sandra Orjuela. Entendiendo la comunicación en la organización a través de 10 revistas latinoamericanas. Organicom, São Paulo, v. 16, n. 30, p. 152-163, 2019.

EAGLETON, Terry. Marx estava certo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

GROHMANN, Rafael. Marx de volta? Na comunicação? Revista Mídia e Cotidiano, Niterói, v. 4, n. 4, p. 213-231, 2014.

GROHMANN, Rafael. As classes sociais na comunicação: sentidos teóricos do conceito. 2016. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

HARVEY, David. 17 contradições e o fim do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2016.

JOAS, Hans. Interacionismo simbólico. In: GIDDENS, Anthony, TURNER, Jonathan (org.). Teoria social hoje. São Paulo: Ed. Unesp, 1999. p. 127-174.

KUNSCH, Margarida Krohling. Comunicação organizacional e Relações Públicas: perspectivas dos estudos latino-americanos. Revista Internacional de Relaciones Públicas, Málaga, v. 1, n. 1, p. 69-96, 2011.

LESSA, Sérgio. Lukács e a ontologia: uma introdução. Outubro, São Paulo, n. 5, p. 83-100, 2001.

LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social. Maceió: Coletivo Veredas, 2018.

MARX, Karl. Teses sobre Feuerbach. [S. l.]: Ed. Ridendo Castigat Mores, 1999.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

MARX, Karl. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro 1: O processo de produção do capital. São Paulo: Boitempo, 2015.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

POGREBINSCHI, Thamy. Pragmatismo: teoria social e política. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2005.

QUÉRÉ, Louis. De um modelo epistemológico da comunicação a um modelo praxiológico. In: FRANÇA, Vera Veiga; SIMÕES, Paula (org.). O modelo praxiológico e os desafios da pesquisa em comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2018. p. 15-50.

ROMANCINI, Richard. O campo científico da comunicação no Brasil: institucionalização e capital científico. 2006. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

SANTOS, Gustavo Azevedo da Silva; CURVELLO, João José Azevedo. Teorias da comunicação organizacional: produção científica da Abrapcorp entre 2011 e 2012. In: CONGRESSO ABRAPCORP, 12., 2018, Goiânia. Anais […]. Goiânia: Abrapcorp, 2018. p. 169-175.

SANTOS, Maria Lúcia Salgueiro dos; QUADROS, Claudia Irene de. Interação e satisfação de trabalhadores da base fabril no Facebook. Organicom, São Paulo, v. 16, n. 31, p. 69-82, 2019.

SILVA, Daniel Reis; LIMA, Fábia Pereira. O discurso do empreendedorismo e inovação nas relações de trabalho. Organicom, São Paulo, v. 16, n. 31, p. 172-183, 2019.

SILVA, Luíza Mônica Assis; MAGALHÃES, Daniella Rocha. Prevenção e erradicação do trabalho infantil: mediações e comunicação pública. Organicom, São Paulo, v. 14, n. 26, p. 204-213, 2017.

SOUZA, José Crisóstomo de. Teses ad Marx: para uma crítica ao (não-)pragmatismo de Marx. Cognitio, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 115-144, 2012.

STUMPF, Ida Regina Chittó; BRANCO, Zuleika de Souza. Análise de citações dos artigos da Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação (1985-2008). Informação & Informação, Londrina, v. 15, n. 1esp., p. 93-109, 2010.

TONET, Ivo. Método científico: uma abordagem ontológica. São Paulo: Instituto Lukács, 2013.

Downloads

Publicado

2021-09-21

Como Citar

FERREIRA, Dôuglas Aparecido. Precisamos falar de Marx: e isso pode começar pela comunicação organizacional. Organicom, São Paulo, Brasil, v. 18, n. 36, p. 200–211, 2021. DOI: 10.11606/issn.2238-2593.organicom.2021.185740. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/185740.. Acesso em: 25 abr. 2024.