A institucionalização do ensino de Arquitetura Paisagística no Rio de Janeiro

Autores

  • Alda Azevedo Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura
  • Fernando Pedro Carvalho Ono Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes
  • Claudia Carvalho Leme Nóbrega Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i40p133-148

Palavras-chave:

Arquitetura paisagística. Ensino superior. ENBA. Attílio Corrêa Lima.

Resumo

O ensino de arquitetura paisagística foi instituído pela primeira vez no Rio de Janeiro na década de 1930. Iniciado na Escola Nacional de Belas Artes a partir de reforma promovida por Lucio Costa entre os anos 1930 e 1931 a disciplina foi introduzida junto com a de urbanismo, originando a cátedra ‘Urbanismo e Arquitetura Paisagística’. Este artigo objetivou entender esse processo a partir de informações colhidas em fontes primárias, fundamentado pelos conceitos de campo e habitus, de Pierre Bourdieu. Descobriu-se que o arquiteto e urbanista Attílio Corrêa Lima foi o primeiro professor da disciplina e que o ato da inclusão disciplinar estava inserido na construção de um campo paisagístico na cidade do Rio de Janeiro naquele momento, propagado não só no campo da arquitetura, como articulado às esferas política, econômica, e social.

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Biografia do Autor

  • Alda Azevedo Ferreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura


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Publicado

2017-12-15

Edição

Seção

História

Como Citar

Ferreira, A. A., Ono, F. P. C., & Nóbrega, C. C. L. (2017). A institucionalização do ensino de Arquitetura Paisagística no Rio de Janeiro. Paisagem E Ambiente, 40, 133-148. https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i40p133-148