O propósito deste artigo é contribuir para as reflexões sobre o fazer pesquisa em educação ambiental a partir de intervenções sociais no cotidiano de grupos, comunidades ou movimentos sociais, considerados sujeitos de projetos educativos. As reflexões que ora se apresentam principiaram com questões suscitadas durante o desenvolvimento de uma tese de doutorado, inserida no contexto de uma pesquisa-intervenção junto a comunidades residentes no entorno de Unidades de Conservação. Do diálogo com referenciais teórico-metodológicos da pesquisa-ação, pesquisa participante e pesquisa-intervenção, as questões referentes à temática da educação ambiental e intervenções sociais foram agrupadas em três eixos: aspectos teórico-metodológicos, aspectos éticos da relação pesquisador(a)/educador(a) e grupos, bem como aspectos político-ideológicos do fazer pesquisa como prática social. Na ocasião da realização do III Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental (EPEA), em Ribeirão Preto-SP, em julho de 2005, desenvolveu-se um processo reflexivo junto ao Grupo de Discussão e Pesquisa (GDP) Educação Ambiental e Intervenções Sociais, em torno dos eixos supracitados. O presente texto estabelece um diálogo com os questionamentos que moveram os trabalhos do GDP, sistematizando-os e procurando trazer contribuições para o debate.