Educadores ambientais têm buscado no apelo ético a possibilidade de construção de novas relações do ser humano com o ambiente. Muitas vezes, no entanto, a inserção da ética nessas iniciativas é feita com base no discurso da moralidade, por exemplo, quando se reduz ao argumento do dever para com as gerações futuras. O despertar da ética parece, no entanto, um acontecimento mais complexo, ancorado numa educação com poder de desenvolver sujeitos autônomos, capazes de independerem de valores predeterminados, e sensíveis ao outro. No presente trabalho, refletimos sobre a ética da compaixão, dialogando principalmente com Schopenhauer, Lévinas e Dussel, e seus possíveis significados para a educação ambiental.