Mapeando as dimensões de um desafio: o ensino de alemão como língua estrangeira em contextos multinível

Autores

  • Mergenfel Vaz Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro. Departamento de Letras Anglo-Germânicas
  • Anelise Gondar Universidade Federal do Rio de Janeiro. Departamento de Letras Anglo-Germânicas

DOI:

https://doi.org/10.11606/1982-88372135121

Palavras-chave:

ensino-aprendizagem multinível, Alemão com língua estrangeira, aprendizagem cooperativa

Resumo

O cotidiano nas salas de aula de ALE nos contextos universitário e institucional extracurricular – como é o caso do projeto PALEP – Projeto Aulas de Línguas em Espaços Públicos (UERJ/UFRJ) – tem imposto desafios de várias ordens a todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Consideramos como pressuposto da pesquisa a ideia de que professores e gestores da ensino-aprendizagem estão diante de salas de aula de natureza “multinível” e que o reconhecimento dessa natureza tem implicações político-pedagógicas que terão reflexo no papel de alunos e professores, no desenvolvimento do material didático e também nos objetivos do processo de aprendizagem. O objetivo deste artigo é, portanto, discutir aspectos teóricos da atividade de ensino-aprendizagem como uma atividade complexa e identificar três dimensões do reconhecimento da natureza “multinível” das salas de aula de ALE: a dimensão social, que engloba questões relacionadas às possibilidades de socialização e cooperação levando em conta a multiplicidade de níveis em sala de aula; a dimensão pedagógica, que impõe transformações na racionalidade didática em sala; e, por fim, a dimensão política, que nos permite compreender melhor processos de produção do fracasso e de evasão em cursos de ALE.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros curriculares nacionais ensino médio. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2000.

CARDOSO, M. A.; JACOMELI, M. R. M. Estado da arte acerca das escolas multisseriadas. Revista HISTEDBR On-line, v. 10, n. 37e, p. 174-193, ago. 2010. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639788>. Acesso em: 25 abr. 2018.

CARLE, U.; LASSEK, M. Jahrgangsübergreifendes Lernen JüL. Folien zum Vortrag auf dem Grundschulforum Bremen, Akademie des Deutschen Schulpreises, am 30, maio 2013. Disponível em: <http://www.grundschulpaedagogik.uni-bremen.de/archiv/Carle/2013/Carle+Lassek20130530JueL_Forschung+Praxis(HB).pdf>. Acesso em: 25 abr. 2018.

CLAUSSEN, C.; GOBBIN-CLAUSEN, C. Soziales Lernen in altersgemischten Gruppen. Auf der Suche nach Alternativen zur Jahrgangsklasse im Regelschulwesen. In: FÖLLING-ALBERS, M. (Org.). Veränderte Kindheit – veränderte Grundschule. Frankfurt: Grundschulverband, 1989, p. 163.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GODOY, L. Juntar ou separar? Reflexões sobre o contexto multisserial de ensino de FLE (Francês Língua Estrangeira) nos CEL (Centros de Estudos de Línguas). Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade São Paulo – USP, São Paulo, 2013.

JOHNSON, D.W.; JOHNSON, R. T.; SMITH, K. A. A aprendizagem cooperativa retorna às faculdades. Change, v. 30, jul.-ago., p. 92-102, 1998.

MARQUES-SCHÄFER, G.; SANT'ANNA BOLACIO FILHO, E.; STANKE, R. Was können Lehrwerke zur Reflexion von Stereptypen im DaF-Unterricht beitragen? Eine Analyse anhand der Arbeit mit DaF Kompakt in Brasilien. Info DaF Themenheft: Lehrwerke, n. 5, p. 566-586, 2016.

MOURA, T.; SANTOS, F. A pedagogia das classes multisseriadas. Uma perspectiva contra-hegemônica às políticas de regulação do trabalho docente. Debates em Educação, v. 4, n. 7, p. 1-22, jan.-jul. 2012.

MEMPEL, C.; MEHLHORN, G. Datenaufbereitung: Transkription und Annotation. In: SETTINIERI, J. et al. (Org.). Empirische Forschungsmethoden für Deutsch als Fremd- und Zweitsprache - eine Einführung. UTB: Paderborn, 2014. p. 147-166.

OSWALD, F. Die Mehrstufenklasse: Die Lernorganisation für einen "der Entwicklungsstufe entsprechenden Unterricht". news&science. Begabtenförderung und Begabungsforschung. özbf, n. 15, p. 36-37, jan. 2007.

PUREN, C. Compétence d'apprentissage et compétence culturelle en perspective actionnelle. Conférence à la Journée Pédagogique CDL & EPFL Lausanne, Approche actionnelle et autonomie, 2011. Disponível em: <http://www.christianpuren.com/2011/05/25/conf%C3%A9rence-vid%C3%A9oscop%C3%A9e-comp%C3%A9tence-d-apprentissage-et-comp%C3%A9tence-culturelle-en-perspective-actionnelle/>. Acesso em: 26 abr. 2017.

RETTER, H. (Org.). Reformpädagogik. Neue Zugänge – Befunde – Kontroversen. Bad Heilbrunn, 2004.

SILVA, I. A. Ensinar e aprender em uma multisseriada. Monografia. FEUFF, Niterói, 2001. SPRINGER, C. La dimension sociale dans le CECR: óstes ír scénariser évaluer et valoriser l'apprentissage collaboratif. In: Le Français dans le monde. Paris: CLE International, 2009. p. 25-34.

TRIVIÑOS, A. N. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

WISE UP. Metodologia. Aprendendo do jeito que você aprende com a vida real. Disponível em: <http://wiseup.com/aprenda-ingles/influencias-e-metodologias/>. Acesso em: 26 abr. 2018.

Downloads

Publicado

2018-07-03

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Mapeando as dimensões de um desafio: o ensino de alemão como língua estrangeira em contextos multinível. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 21, n. 35, p. 121–143, 2018. DOI: 10.11606/1982-88372135121. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/147884.. Acesso em: 29 mar. 2024.