Patmos, de Hölderlin, por Lucchesi: 30 anos de uma experiência-itinerário

Autores

  • Marcelo Rondinelli Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras

DOI:

https://doi.org/10.11606/1982-8837213474

Palavras-chave:

poíesis, poesia traduzida, Friedrich Hölderlin, Marco Lucchesi

Resumo

Em 2017, completaram-se os trinta anos do lançamento de Patmos e outros poemas de Hölderlin, primeiro livro de poesia traduzida assinado por Marco Lucchesi. O então jovem poeta percorre uma amostra da lírica de Friedrich Hölderlin por meio da tradução, enquanto experimenta a própria poesia e nos remete à concepção benjaminiana de Erfahrung [experiência], que, como observa Jeanne-Marie Gagnebin, entre outros, “[...] vem do radical fahr-, usado ainda no antigo alemão no seu sentido literal de percorrer, de atravessar uma região durante uma viagem” (GAGNEBIN 1994: 66). Numa reflexão sobre os elementos que vão compondo uma poíesis diferenciada, verificamos que se desenvolve uma Erfahrung como “itinerário” para o futuro percurso de Lucchesi como poeta-tradutor. O presente trabalho propõe-se expor tal “itinerário” não com o intuito de rastrear e analisar exaustivamente as referências que se enfeixam para produzir uma rede algo caótica ou interpretar toda a poesia por vezes hermética que opera essa rede, mas de apontar como, a despeito da condição de criação indomável, numa obra espécie de colagem ou mosaico, Lucchesi lançava-se a uma tentativa de diálogo com a lírica alemã, como parte privilegiada da produção lírica ocidental de diferentes épocas.

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Publicado

2018-02-26

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Patmos, de Hölderlin, por Lucchesi: 30 anos de uma experiência-itinerário. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 21, n. 34, p. 74–98, 2018. DOI: 10.11606/1982-8837213474. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/143826.. Acesso em: 28 mar. 2024.