A ontologia marxista na perspectiva da ser-outra

Autores

  • Tábata Berg Departamento de Ciências Sociais, Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2021.185167

Palavras-chave:

ontologia, ontologia marxista, ser social, epistemologias feministas, ser-outra

Resumo

O ensaio tem como objetivo lançar uma perspectiva feminista às bases epistemológicas da ontologia marxista, situada geneticamente na visão e estrutura de mundo masculina. Para tanto apresentarei um rascunho da categoria que estou nomeando por ser-outra cuja construção proponho em oposição ao sujeito universal, todavia, historicamente situado. O intuito é oferecer um olhar mais plural à abordagem do ser social, recuperando autoras que permanecem marginalizadas pela tradição filosófica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Tábata Berg, Departamento de Ciências Sociais, Universidade Federal de Viçosa

    Tábata Berg é doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual
    de Campinas IFCH/UNICAMP, pesquisadora pelo Grupo de Pesquisa Mundo do Trabalho e Suas
    Metamorfoses GPMT-IFCH/UNICAMP e professora pelo Departamento de Ciências Sociais da
    Universidade Federal de Viçosa DCS/UFV. É mãe do Antônio desde 2016.

Referências

A BÍBLIA. GÊNESIS (1990). Trad. Ivo Storniolo e Euclides Martins Balancin. São Paulo:

Paulus.

ARRUZA, Cinzia (2016). Funcionalista, determinista e reducionista: o feminismo da

reprodução social e seus críticos. Cadernos Cemarx. nº 10. Dossie: Marxismo e

feminismo no debate de gênero e sexualidade. Campinas,. 39-58.

ÁVILA, Teresa De (2011 [1577]). Castelo Interior ou Moradas. São Paulo: Paulus.

ÁVILA, Teresa De (2019 [1562]). O Livro da Vida. São Paulo: Paulus.

BEAUVOIR, Simone (2016 [1949])O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

BERG, Tábata (2016). Trabalho e Habitus: um diálogo entre os “jovens” Lukács e Bourdieu.

Saarbrücken: Novas Edições Acadêmicas.

BUTLER, Judith (2013 [1990]). Problemas de gênero: feminismo e subversão de

identidade. 6 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

CABNAL, Lorena (2010). In: Acercamiento a la construcción del pensamiento epistémico

de las mujeres indígenas feministas comunitarias de Abya Yala. Feminismos Diversos:

o feminismo comunitário. Las Segovias: ACSUR. pp. 11-25

FANON, Frantz (2006). Os condenados da terra. Juiz de Fora: UFJF.

FERGUSON (2016). Feminismo interseccional e da reprodução social: rumo a uma

ontologia integrativa. Cadernos Cemarx. nº 10. Dossie: Marxismo e feminismo no

debate de gênero e sexualidadeCampinas. p. 14-38.

GONZALEZ, Lélia (1984). Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências

Sociais Hoje, Anpocs, p. 223-244.

GONZALEZ, Lélia (1988a). A categoria político-cultural de amefricanidade. In: Tempo

Brasileiro. Rio de Janeiro, Nº. 92/93 (jan. /jun. ), p. 69-82.

GONZALEZ, Lélia (1988b). Por um feminismo Afro-latino-americano. Caderno de

Formação Política do círculo Palmarino, Vitória, v. 1, n. 1, p. 12-20. Disponível em:

www. círculopalmarino. org. br. (acesso em 08/08/ 2019).

HESÍODO. TEOGONIA: A origem dos deuses (1995 [séc. 8 a. c. ]). São Paulo: Editora

Iluminuras,.

HOOKS,bell 2015 [1981]. Ain’ti a woman: blackwomenandfeminism. New York e London:

Routledge.

HOOKS, bell (2019 [1984]). Teoria feminista: da margem ao centro. São Paulo: Perspectiva.

IRIGARAY, Luce. 1985 [1974]. Speculum of the other woman. New York: Cornell university

press.

IRIGARAY, Luce (2004). Brasília: Labrys,estudos feministas.

LUKÁCS. GEORG (2003 [1922]) História e Consciência de Classe. São Paulo: Martins

fontes.

LUKÁCS. GYÖRGY (2012 [1968, 1984]). Para uma ontologia do ser social I. São Paulo:

Boitempo.

LUKÁCS. GYÖRGY (2013 [1968, 1984]). Para uma ontologia do ser social II. São Paulo:

Boitempo.

LUXEMBURGO (1985 [1912]). Rosa. A acumulação do capital. São Paulo: Nova Cultura.

MARX, Karl (2007 [1845]). “Teses ad Feuerbach”. In: A ideologia Alemã. São Paulo:

Boitempo, pp. 533 - 535.

MAUSS, Marcel (1966 [1922]). Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosacnaify

MBEMBE, Achille (2018). A crítica da Razão negra. 1. ed. São Paulo: N-1 Edições .

MEAD. MARGARET2011 [1935]. Sexo e Temperamento. São Paulo: Perspectiva.

MIES, Maria 1998 [1996]. Patriarchy&Accumulationon a Word Scale:women in

theInternationaldivisionoflabor. New York: Zed Book,

MERLEAU-PONTY (2006 [1945]) Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo:

Martins Fontes.

MORISSON, Toni (2016). A origem dos outros. São Paulo: Companhia das Letras.

SCOTT, Joan (2019 [1990]). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação &

Realidade, Rio Grande do Sul, v. 20, n. 2, p. 71-99.

THOMPSON, E. P (2000 [1974]). Agenda para una historia radical Barcelona: Crítica.

WOLLSTONECRAFT, Mary (2016 [1792]). Reivindicação pelos direitos da Mulher. São

Paulo: Boitempo.

WOOLF, Virginia (2016 [1928). Um teto todo seu. Rio de Janeiro: Tordesilhas.

WOOLF, Virginia (2019 [1938]). Três Guinéus. São Paulo: Autêntica,

SAFFIOTI, Heleith (2009). Ontogênese e filogênese do gênero: ordem patriarcal de gênero

e a violência masculina contra mulheres. Série Estudos/Ciências Sociais/FLASCOBrasil. p. 1-44.

Downloads

Publicado

2021-12-22

Edição

Seção

Dossiê "Marxismo, feminismo e a teoria social"

Como Citar

Berg, T. (2021). A ontologia marxista na perspectiva da ser-outra. Plural, 28(2), 111-131. https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2021.185167