O mercado de idiomas: distinções e disputas pelo “global”

Resumo

Este artigo busca desenhar o espaço do ensino de idiomas, a partir do recorte do estado de São Paulo e de iniciativas na Internet, enfatizando as disputas entre dois principais polos: o sistema de educação formal e os meios informais de aprendizado, ligados a plataformas digitais e canais na Internet. A partir das concorrências em torno dos meios legítimos e eficazes para a obtenção da competência linguística – condição necessária à internacionalização –, tem-se como objetivo refletir sobre as lutas que envolvem os processos de transnacionalização, contrapondo-se a uma perspectiva neutralizante da tão anunciada “globalização”. Além da competição pela sobrevivência no mercado de idiomas, as instituições de ensino concorrem em termos de legitimidade e reconhecimento, mas também de eficácia, por meio de diversos fatores como o tipo de diploma oferecido, a aplicação de testes de proficiência, as ligações e/ou reconhecimento a/de órgãos governamentais, a quantidade de idiomas ensinados, entre outros.