A noção de vida em Hannah Arendt e na Psicanálise

Autores

  • Gabriela Gomes Costardi Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2014.83626

Palavras-chave:

vida, Hannah Arendt, sexualidade, Psicanálise, pulsão.

Resumo

Este artigo se propõe a analisar a noção de vida tal como ela é concebida no pensamento de Hannah Arendt e na Psicanálise de Freud e Lacan, desde onde se pretende contextualizar a ausência da noção de sexualidade na obra da autora. Para tal, lança-se mão das reflexões de Arendt sobre a passagem da vida da esfera pública para a privada na modernidade, fator determinante para a constituição do âmbito social, o que permite observar que a pensadora política fundamenta sua análise sobre a vida nas noções de natureza e produtividade. Analisa-se, então, a ideia psicanalítica de vida a partir do desenvolvimento da teoria pulsional em Freud e das contribuições de Lacan, a fim de demarcar como, nesse referencial, a vida coloca em jogo as noções de símbolo e morte. Por fim, observa-se que a sexualidade, conforme postulada pela Psicanálise, é derivada da compreensão de que a linguagem operou uma subversão irreversível na noção de natureza e que o não compartilhamento dessa perspectiva por Hannah Arendt está ligado ao seu silêncio sobre o sexual. 

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Biografia do Autor

  • Gabriela Gomes Costardi, Universidade de São Paulo

    Doutoranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo e pesquisadora do Programa de Teoria Crítica da Universidade da California, Los Angeles, EUA.

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Publicado

2014-06-18

Como Citar

Costardi, G. G. (2014). A noção de vida em Hannah Arendt e na Psicanálise. Plural, 21(1), 157-176. https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2014.83626