Bacteriemia após exodontia unitária, empregando dois métodos de anti-sepsia intrabucal

Autores

  • Valdemar Mallet da ROCHA BARROS Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia
  • Izabel Yoko ITO Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Rosa Vitória P. AZEVEDO Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Danielle MORELLO Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Pedro Augusto ROSATELI Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Lara Cappato FILIPECKI Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Faculdade de Ciências Farmacêuticas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-74912000000100004

Palavras-chave:

Anti-sépticos buc, Antibióti

Resumo

O objetivo do trabalho foi avaliar a freqüência de bacteriemias pós-exodontia utilizando dois métodos de anti-sepsia pré-operatória, identificando os microrganismos isolados de hemoculturas pós-extração e avaliando a sua suscetibilidade a antibióticos. Vinte e seis pacientes tiveram 33 dentes extraídos. Dezesseis casos foram submetidos a anti-sepsia com bochecho com 15 ml de gluconato de clorexidina a 0,12% por um minuto, seguido da fricção das faces dentais com cotonete embebido na mesma solução (método 1) e 17 à anti-sepsia com dois bochechos com 15 ml de cloreto de cetilpiridínio a 1:4.000 por um minuto, intercalados pela fricção das faces dentais com peróxido de hidrogênio a 3,0% (método 2). Previamente à extração dental e cerca de 1 a 3 minutos após a mesma, colhiam-se 5,0 ml de sangue que eram semeados em meios de cultura e incubados por 20 dias. As cepas provenientes de hemoculturas positivas foram identificadas e submetidas ao antibiograma. Do total de casos, 68,8% apresentaram hemocultura positiva para o método 1 e 70,6% para o método 2. Houve maior prevalência de Actinomyces nos dois métodos, seguido de Streptococcus, Staphylococcus e Peptostreptococcus. O maior índice de resistência aos antibióticos testados esteve relacionado à oxacilina, enquanto não foi observada nenhuma cepa resistente à amoxicilina ou à cefalotina. Conclui-se que a freqüência de bacteriemia pós-exodontia foi elevada, independentemente do método de anti-sepsia empregado, prevalecendo microrganismos anaeróbios, os quais foram mais suscetíveis a amoxicilina e a cefalotina.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2000-03-01

Edição

Seção

Microbiologia

Como Citar

Bacteriemia após exodontia unitária, empregando dois métodos de anti-sepsia intrabucal. (2000). Pesquisa Odontológica Brasileira, 14(1), 19-24. https://doi.org/10.1590/S1517-74912000000100004