O presente e o passado no Museu histórico Abílio Barreto (Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil)

Autores

  • Leonardo Gonçalves Ferreira Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/c5w6cx60

Palavras-chave:

museus de cidade, presenteísmo, exposições, representações do espaço público, estudos de visitantes

Resumo

A exposição “O museu e a cidade sem fim” celebra os setenta anos do Museu histórico Abílio Barreto e tem como foco os espaços públicos de Belo Horizonte. Mediante a pesquisa, que resultou no desenvolvimento do presente artigo, foi possível observar certa dissonância entre a exposição, primordialmente focada nas questões contemporâneas da cidade, e uma demanda por referências históricas, requerida pelos visitantes do museu. Para empreender a análise, fez-se o uso do conceito de presentismo (Hartog, 2013) que diz respeito a um deslocamento da representação do tempo no qual o “presente” é sobrevalorizado em detrimento do “passado”. O objetivo é, portanto, analisar, por meio do conceito de presentismo, se e como o deslocamento da representação do tempo, orientado para o presente, vigente na exposição mencionada, se
relaciona com a demanda de história por parte dos visitantes do museu.

Biografia do Autor

  • Leonardo Gonçalves Ferreira, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

    Doutor em Ciências Sociais – Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais – Instituto de Ciências Sociais – PUC Minas – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Campus Coração Eucarístico – Av. Itaú, 505, 3º andar, bairro Dom Cabral, CEP: 30535-012, Belo Horizonte, Minas Gerais – Brasil.

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Publicado

2018-12-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Ferreira, L. G. (2018). O presente e o passado no Museu histórico Abílio Barreto (Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil). Ponto Urbe, 23, 1-23. https://doi.org/10.11606/c5w6cx60