“Alfama não cheira a fado, mas não tem outra canção” ou “Tudo isso é a alma do Rio, é samba”: As Cidades Descobertas através do Samba, do Choro e do Fado

Autores

  • Marina Bay Frydberg Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.11606/vtc4bw10

Palavras-chave:

música, cidade, juventude

Resumo

Nestes últimos dez anos, jovens músicos estão recriando gêneros musicais tradicionais como o samba, o choro e o fado. Estas (re)criações fizeram com que estes gêneros musicais tradicionais ganhassem nova vitalidade e junto com eles territórios na cidade que são/estão diretamente vinculados as suas memórias. Esta descoberta de uma cidade vinculada a um gênero musical específico acontece a partir de práticas musicais cotidianas que exigem um trânsito por essas cidades e por seu tempo e espaço específico, a boemia sambista, chorona ou fadista. A revitalização de bairros tradicionais da cidade, seja ela o Rio de Janeiro ou Lisboa, faz com que estes jovens músicos (re)descubram outra(s) cidade(s) a partir de gêneros musicais que tão bem a cantaram.

 

Biografia do Autor

  • Marina Bay Frydberg, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Doutoranda em Antropologia PPGAS/UFRGS

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Publicado

2010-07-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Frydberg, M. B. . (2010). “Alfama não cheira a fado, mas não tem outra canção” ou “Tudo isso é a alma do Rio, é samba”: As Cidades Descobertas através do Samba, do Choro e do Fado. Ponto Urbe, 6, 1-10. https://doi.org/10.11606/vtc4bw10