Flores e velas que falam no silêncio: perspectivas

Autores

  • Maíra Cavalcanti Vale Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.11606/4m6rty14

Palavras-chave:

cemitério, morte

Resumo

A presente pesquisa começou no mês de agosto de 2007, como um Projeto de Iniciação Científica (PIC) do CNPq vinculado à UnB, sob o título “Invasões e Remoções: uma perspectiva etnográfica comparada acerca dos movimentos urbanos de luta pela terra no Brasil e África do Sul (com especial atenção ao caso das Burial Societies)”, inserido no contexto maior da pesquisa da orientadora Dra. Antonádia Borges, que vem sendo desenvolvida há dois anos na África do Sul. O objetivo inicial era realizar uma análise bibliográfica concernente ao campo da professora: as lutas por terras na África do Sul e as novas dinâmicas que envolvem rituais funerários como bandeiras e documentos nas restituições de terras naquele país. No entanto, logo em seguida, iniciei a disciplina Métodos e Técnicas em Antropologia Social e precisei definir um local de observação. Escolhi, então, o cemitério Campo da Esperança, onde iniciei a coleta de dados que resultou no trabalho final da matéria: um ensaio sobre o Dia de Finados. A escolha do tema de pesquisa (a morte e como as pessoas lidam com ela) foi anterior à de um locus de observação, o que acabou trazendo certas dificuldades para a escolha de um campo específico somadas à problemática de se ‘sentir’ em campo ao observar o cemitério.

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Publicado

2009-12-30

Edição

Seção

Graduação em Campo

Como Citar

Vale, M. C. . (2009). Flores e velas que falam no silêncio: perspectivas. Ponto Urbe, 5, 1-11. https://doi.org/10.11606/4m6rty14