Do Ritual ao Itinerário Terapêutico em HIV/aids: Dona Nadine e suas idas de Rio Tinto/PB aos serviços especializados em João Pessoa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-3341.pontourbe.2024.225369Palavras-chave:
HIV/aids, Itinerário Terapêutico, Rituais, LiminaridadeResumo
Este trabalho diz respeito a uma pesquisa etnográfica realizada no município de Rio Tinto, litoral norte paraibano, com Dona Nadine, uma mulher indígena potiguara de 60 anos que há 16 vive com HIV. Partindo da literatura de processos rituais, especialmente aquelas dispostas por Victor Turner (2014:2015) e Van Gennep (1978), procuro compreender como este se aplica nos itinerários terapêuticos em HIV/aids de Dona Nadine, que para buscar sua medicação antirretroviral, consultar com médicos e quaisquer outros exames envolvendo sua sorologia, precisa se locomover até a capital paraibana (João Pessoa). Esse trâmite reflete numa remodelação estrutural que evoca o conceito de liminaridade (Turner, 2015), propondo não apenas uma intensificação na teia de agentes, mas anunciando velhos dilemas permeados na história das pessoas vivendo com HIV: sujeição, território e doença.
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