O parque agroambiental como nova categoria de sistema de espaços livres

Autores

  • Alessandra Natali Queiroz Universidade de São Paulo
  • Eugênio Fernandes Queiroga Universidade de São Paulo
  • José Roberto Merlin

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v22i37p116-132

Palavras-chave:

Parque agroambiental. Planejamento paisagístico e ambiental. Espaços livres. Desenvolvimento regional.

Resumo

O presente artigo tem como tema o estudo de sistemas de espaços livres e a urbanização contemporânea na região de Limeira, integrante da Região Administrativa de Campinas - SP. De especial atenção é a configuração do território, como unidade de projeto para um “parque regional contemporâneo” ou, como se propôs chamar, “parque agroambiental”. O “parque agroambiental” não é uma solução simples, mas uma possibilidade de pensar e agir. Pode-se, por meio dele, ajustar o foco de leitura da realidade local, buscando-se mecanismos mais coerentes para nela atuar. Diferentemente de outras regiões de importantes recursos naturais, como a região metropolitana de São Paulo, o conceito do parque objetiva trabalhar uma área econômica e socialmente uniforme, onde a fauna e a flora são quase inexistentes, visto terem sido substituídas pela urbanização e pelas áreas destinadas à produção agrícola para o mercado global. O desafio aqui proposto é tornar o parque regional contemporâneo objeto de debate para políticas públicas de atendimento às necessidades sociais e ambientais. Podem ser práticas de lazer, esportes e/ou contemplativas, atividades culturais de identidade regional, de produção agrícola ou florestal, de conservação de ecossistemas, por meio das quais se definem diferentes níveis e escalas de intervenção e de acessibilidade aos lugares. Propõe-se o conceito de “parque agroambiental” como instrumento de planejamento regional e ambiental.

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Biografia do Autor

  • Alessandra Natali Queiroz, Universidade de São Paulo

    Arquiteta e urbanista pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep); Licenciatura Plena pela Faculdade de Educação da Unimep; mestre em Arquitetura e Urbanismo pela FAUUSP; doutora em Paisagem e Ambiente pela FAUUSP, doutorado sanduíche na IUAV de Veneza. Atualmente desenvolve projetos na área de Arquitetura, Paisagem, e Cidadania.

  • Eugênio Fernandes Queiroga, Universidade de São Paulo

    Possui graduação, mestrado, doutorado e livre-docência em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP). Professor Associado da Graduação e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP. Vice-coordenador do LAB-Quapá da FAUUSP e vice-coordenador do Grupo de Pesquisa Quadro do
    Paisagismo no Brasil. Integrante da Coordenação da Rede Nacional de Pesquisa Quapá-SEL. Vice-coordenador do Projeto Temático de Pesquisa “Os sistemas de espaços livres na constituição da forma urbana contemporânea no Brasil: produção e apropriação - Quapá-SEL II”, apoios Fapesp e CNPq. Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq. Membro dos conselhos editoriais das revistas: Óculum Ensaios (PUC-Campinas), PARC (Unicamp) e Paisagem e Ambiente (USP). Assessor ad hoc do CNPq e da Fapesp.

  • José Roberto Merlin

    Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP); mestre em Tecnologia do Ambiente Construído pela USP de São Carlos; doutor em Estruturas Ambientais Urbanas pela FAUUSP. Professor doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e pesquisador do Grupo de Requalificação Urbana da PUC-Campinas. 

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Publicado

2015-06-02

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Queiroz, A. N., Queiroga, E. F., & Merlin, J. R. (2015). O parque agroambiental como nova categoria de sistema de espaços livres. PosFAUUSP, 22(37), 116-132. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v22i37p116-132