Indeléveis rastros
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i28p144-156Palavras-chave:
Diferir, suplemento, ser-com, ser-para-si-mesmo, articulação, interferência, programaResumo
A partir de um projeto de Zaha Hadid em Viena, pretende-se discutir as possibilidades de deslimitação do objeto arquitetônico e os possíveis processos de mediação e amálgama com a cidade, e de qual maneira a arquitetura poderia incorporar essa questão no fazer projetual. Parte da premissa da importância de micropolíticas urbanas que se formam e desfazem-se a partir de rastros, o "quase" ausente capaz de produzir diferenças pela mistura, pelo contágio e pelo movimento, parecendo-nos mostrar que tão importante quanto a proxemia, relações de proximidade e fusão é a diastemia, relações baseadas em contaminações pela irradiação, que podem se dar em diferentes graus de intensidade. Aqui, o rastro como uma condição frágil necessária para o surgimento da alteridade. O "além-do-ser" a surgir proveniente daquilo que parece sempre não mais estar lá, seja como uma presença quase ausente (desativada), "invisível", ou como movimento de contaminação suplementar - e conseqüente superação daquilo que parece ser da "natureza" ou próprio de algo - do objeto e/ou territorial, a hibridização.Downloads
Referências
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