Iluminação natural: a contribuição de suas reflexões no interior do ambiente construído

Autores

  • Raphaela Walger da Fonseca Universidade Federal de Santa Catarina; Departamento de Arquitetura e Urbanismo; Laboratório de Conforto Ambiental
  • Fernando Oscar Ruttkay Pereira Universidade Federal de Santa Catarina; Departamento de Arquitetura e Urbanismo; Laboratório de Conforto Ambiental
  • Anderson Claro Universidade Federal de Santa Catarina; Departamento de Arquitetura e Urbanismo; Laboratório de Conforto Ambiental

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i28p198-217

Palavras-chave:

Iluminação natural, componente refletida interna, geometria

Resumo

O escopo do presente trabalho aborda a influência das reflexões internas na iluminação natural do ambiente construído. Discute-se como a geometria do espaço interno, as propriedades das superfícies e a área, a posição e a distribuição das aberturas influenciam nos valores e na distribuição atribuídos à iluminação refletida interna. O conhecimento dessas relações possibilita estabelecer o comportamento da luz refletida diante de modificação das mencionadas variáveis, de modo a preencher uma lacuna na bibliografia existente. Os métodos simplificados, previstos e utilizados pelas legislações vigentes para avaliação do ambiente luminoso, não consideram as componentes básicas da luz que atingem o interior do mesmo. Fato que prejudica a previsão do comportamento da luz. A contribuição da iluminação natural em um ambiente depende diretamente da componente celeste, da luz refletida nas superfícies externas e nas superfícies internas, fazendo, do conhecimento dessas, imprescindível para um bom entendimento do ambiente luminoso. Propõe-se a implementação de um método gráfico e outro analítico, buscando delinear o comportamento da luz refletida no interior das edificações. Esses métodos permitem a verificação e a comparação entre geometrias e entre conceitos de iluminação natural propostos, ou para verificar a qualidade e eficiência do projeto de iluminação em relação ao aproveitamento das reflexões da luz. Assim sendo, os métodos adotados se propõem a manipular os parâmetros dos elementos que influenciam a iluminação refletida, de modo a assegurar a qualidade do ambiente luminoso.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ANDER, G. A. Daylighting Performance and Design. Ashrae Journal, Georgia, 2003.

BAKER, N.; FANCHIOTTI, A.; STTEMERS, K. Daylighing in architecture – A European reference book. Commission of the European Communities, Directorate – General XII for Science Research and Development. Londres: James & James Ltd.,1993.

BAKER, N.; STTEMERS, K. Daylight design of buildings. Londres: James & James Ltd., 2002.

BOYCE, P. Lighting research for interiors: Beginning of the and or the and of the beginning. Department of Energy. Nova York: Lighting Research Center, Rensselaer Polytechnic Institute, 2004.

CIE Spatial distribution of daylight – CIE standart overcast sky and clear sky. Commission Internationale de L’Eclairage Viena: Publication CIE, S 003.3/E, 1996.

CISBE. The Chartered Institution of Building Service Engineers. Code for interior lighting. Londres: CISBE, 1994.

CLARO A.; PEREIRA, F. O. R.; AGUIAR, G. P. Desenvolvimento do protótipo do software Luz Solar para análise e projeto de iluminação natural em arquitetura e Urbanismo. Relatório Final do Projeto 027-01 entregue à CELESC, LABCON/UFSC, 2004.

FONSECA, R. W. A Influência das reflexões internas na iluminação natural no ambiente construído. 2007. 167p. Dissertação (Mestrado) – PosARQ, Universidade Federal Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, 2007.

FLORIANÓPOLIS. Lei Complementar, n. 60. Código de obras e edificações. Florianópolis: Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos da Prefeitura de Florianópolis, 2000.

LAM, W. M. C. Sunlighting – As formgiver for architecture. Nova York: Van Nostrend Reinhold Company, 1986.

LAMBERTS, R. ; PEREIRA, F. O. R. ; DUTRA, L. Eficiência energética na arquitetura. 2. ed. São Paulo: PW, 2004.

LITTLEFAIR, P. Daylight prediction in atrium buildings. UK-Watford WD25 – 9XX. Solar energy, v. 73, 2002. Artigo técnico. Disponível em: www.sciencedirect.com. Acesso em: set. 2006.

LYNES, J. A. Principles of natural lighting. Nova York: Elsvier Publishing Company, 1968.

MOORE, F. Concepts and practice of architectural daylighting. Nova York: Van Nostrand Reinhold, 1991.

ROBBINS, Claude L. Daylighting, design and analysis. Nova York: An Nostrand Reinhold Company. 1986.

REINHART C.; FITZ A. Fidings from a survey on the current useof daylight simulations in building design. Energy and buildings. Grã-Bretanha: Elsevier Science Ltda, 2006.

RUCK, N. C. Task 31, Daylighting buildings in the 21st Century International Energy Agency’s Solar Heating and Cooling. Artigo técnico. Energy and building, Grã Bretanha: Elsevier Science Ltda, n. 38, 2006. Disponível em: http://www.iea-shc.org/task31/. Acesso em: set. 2006.

SOUZA, M. A. S. Arquitetura eficiente e o uso de energia. Mais Suplemento. Mais Arquitetura, São Paulo, 2001.

SZOCOLAY S. V. Environmental science handbook. Lancaster: The Construction Press, 1980.

Downloads

Publicado

2010-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Fonseca, R. W. da, Pereira, F. O. R., & Claro, A. (2010). Iluminação natural: a contribuição de suas reflexões no interior do ambiente construído. PosFAUUSP, 28, 198-217. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i28p198-217