Alfonso Garcia Robles e o Tratado de Tlatelolco: entre a guerra fria e o desnuclearização na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1676-6288.prolam.2024.227772Palavras-chave:
Desnuclearização, Guerra Fria, América Latina, Organização das Nações Unidas, Colaboração México-BrasilResumo
Este artigo propõe que a participação mexicana no processo de negociação para a assinatura do Tratado de Tlatelolco pode ser explicada pelas características da política externa mexicana do pós-guerra. O México esforçou-se por construir uma política externa ativa que expressasse a sua evolução política recente, decorrente da revolução de 1910-1920. A figura e o pensamento do Embaixador Alfonso García Robles como estrategista das relações internacionais mexicanas são tomados como exemplo. Através deste fio condutor, podemos perceber que a política externa mexicana tem uma base doutrinária liberal, mas ancorada na história latino americana. Esta experiência refletir-se-á no período da Guerra Fria, quando se juntou ao Comitê das 18 Nações em Genebra e, mais tarde, ao considerar um dos acontecimentos mais críticos deste período, a crise dos mísseis cubanos de Outubro de 1962. Este acontecimento justificaria lançando a iniciativa de desnuclearização, mas como um apelo conjunto da região latino-americana, embora o México e o Brasil estivessem coordenando as negociações. É feita uma descrição detalhada da 18ª sessão da Assembleia Geral da ONU, onde é especificada a vontade de desnuclearizar a América Latina.
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