Michel Henry e os problemas da encarnação: o corpo doente

Autores

  • Maristela Vendramel Ferreira Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia; Departamento de Psicologia Clínica

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564D20150005

Resumo

Em sua teoria da encarnação, Michel Henry subverte radicalmente o paradigma cartesiano tal como é entendido pela fenomenologia tradicional, oferecendo à psicologia e a outras áreas do saber a concepção da indissociabilidade entre a subjetividade e o corpo. Ele concebe o corpo como subjetivo e o denomina carne, sendo que as dissociações são modos de padecimento da individualidade encarnada. Contudo, Michel Henry não tematiza os problemas da encarnação e suas consequências, sendo que tais problemas podem advir de degenerações orgânicas. É relevante para a clínica psicológica tematizarmos sobre os problemas da encarnação, pois o modo como vivemos o corpo é o modo como habitamos a carne. O objetivo deste trabalho é buscar compreender a questão da encarnação nas degenerações orgânicas e como elas afetam a constituição do Si. Para tanto, será utilizado o sentido da audição e sua perda como fio condutor na abordagem da problemática.

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Publicado

2015-12-01

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Michel Henry e os problemas da encarnação: o corpo doente . (2015). Psicologia USP, 26(3), 352-357. https://doi.org/10.1590/0103-6564D20150005