Aconselhamento psicológico como área de fronteira

Autores

  • Maria Luisa Sandoval Schmidt Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420140033

Resumo

O ensaio lança mão da noção de fronteira para analisar relações do campo do aconselhamento psicológico com a ordenação disciplinar da psicologia, partindo da experiência do Serviço de Aconselhamento Psicológico (SAP) do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Articula referências teóricas do aconselhamento psicológico praticado com base na abordagem centrada na pessoa e do chamado pós-colonialismo na esfera da crítica literária, nomeadamente Edward Said e Homi Bhabha, assim como da antropologia, com Marc Augè e Vincent Crapanzano, e da história das ciências, com Bruno Latour, buscando refinar a visão da formação identitária do aconselhamento psicológico praticado pelo SAP. A análise parte de alguns elementos da fundação do SAP para, em seguida, dar atenção ao contexto e aos desdobramentos da metáfora e do conceito de fronteira na constituição identitária do campo de aconselhamento psicológico na relação com a ordem disciplinar no interior da psicologia e do IPUSP, tecendo, por fim, comentários sobre sua liminaridade e tomando como exemplo o plantão psicológico. Condição de liminaridade e posições minoritárias e/ou contra-hegemônicas no plano político e ideológico aparecem como qualidades do aconselhamento psicológico visto como região de fronteira.

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Publicado

2015-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Aconselhamento psicológico como área de fronteira . (2015). Psicologia USP, 26(3), 407-413. https://doi.org/10.1590/0103-656420140033