A concepção restauradora da narrativa em Sartre

Autores

  • Bianca Spohr Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420150037

Resumo

A necessidade da transmissão se impõe a cada geração. Entretanto, o problema do narrar permanece e se renova a cada alvorecer: a fronteira entre os gêneros, os limites documentais, as escolhas narrativas, os narradores, os leitores. Tal temática poderia parecer estranha a Sartre, mas não só a situo no coração de seu pensamento, como reivindico seu potencial restaurador como instrumento atual de conhecimento. Este trabalho procura seguir os traços desse Sartre inventor de formas narrativas, mostrando que, desde La Nausée, não hesitou em colocar entre parênteses os gêneros para propor formas novas, mais coerentes com suas experiências e reflexões. Junto com os Carnets de la drôle de guerre, Les Mots e L'Idiot de la famille, o esforço empreendido em La Nausée mostra que do entrelaçamento fundamental entre vida e obra salta uma concepção restauradora da narrativa como mediadora do processo de transformação existencial.

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Publicado

2016-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A concepção restauradora da narrativa em Sartre . (2016). Psicologia USP, 27(1), 61-69. https://doi.org/10.1590/0103-656420150037