A verdade entre o mesmo e o outro: a modernidade e a psicanálise em Foucault

Autores

  • Luiz Paulo Leitão Martins Universidade Federal do Rio de Janeiro; Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420140025

Resumo

O objetivo deste artigo é articular a categoria da verdade e os registros de identidade e diferença na análise de Michel Foucault sobre a modernidade e o discurso de Freud. Por identidade entendemos a ordem de distribuição das palavras e das coisas num dado período da história, e por diferença aquilo que no pensamento está fora, é outro e surge como acontecimento. Ora, essa disposição entre o mesmo e o outro é a condição de possibilidade de uma análise do presente, análise que investiga a verdade histórica daquilo que somos, bem como de uma crítica de si, o que inclui a possibilidade de o pensamento se reinventar e ultrapassar seus limites. A psicanálise, nesse panorama, surge como um discurso do inconsciente, que aponta para a finitude do homem e para a experiência trágica da loucura. Trata-se, portanto, de uma modalidade de pensamento em que os acontecimentos introduzem novas formas de veridição.

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Publicado

2016-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A verdade entre o mesmo e o outro: a modernidade e a psicanálise em Foucault . (2016). Psicologia USP, 27(1), 70-77. https://doi.org/10.1590/0103-656420140025