Arte e loucura como limiar para outra história

Autores

  • Erica Franceschini Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional
  • Tania Mara Galli Fonseca Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420160022

Palavras-chave:

arte, loucura, limiar, história, linguagem

Resumo

Pretendemos problematizar arte e loucura, inicialmente discutindo a experiência do pesquisador em relação às imagens do mundo, com o testemunho e a figura do louco e, consequentemente, com o fora que ela evoca. Em seguida nos colocamos diante do muro, situação-limite na qual a loucura enquanto catástrofe e a arte enquanto via poética vêm compor um limiar, ausência que Blanchot transpõe à linguagem para dar a ver outras constelações possíveis, tanto de palavras quanto de seus inomináveis. Por fim, com Walter Benjamin, pomos a história da loucura a contrapelo, e, mergulhados no Ateliê de Escrita do Hospital Psiquiátrico São Pedro, desvelamos que a arte pode, na relação com a loucura, tornar-se a linguagem essencial na perigosa travessia em direção à experiência, transpondo a vivência desse estado assustador para trazer ao mundo outro sentido, reconhecendo outros modos de existência que podem vir a ser outras poéticas de vida.

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Publicado

2017-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Arte e loucura como limiar para outra história. (2017). Psicologia USP, 28(1), 14-22. https://doi.org/10.1590/0103-656420160022