O representante eleito como intermediário entre o grupo e o poder

Autores

  • Augusto Dutra Galery Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia; Laboratório de Estudos em Psicanálise e Psicologia Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420150106

Palavras-chave:

psicologia social, psicanálise de grupo, democracia

Resumo

Este artigo investiga a hipótese de que o sistema democrático como modelo de organização de grupos instituídos tem a função intersubjetiva de manter o vínculo social, ao transferir para o representante eleito o mal-estar da convivência, mas sem permitir ao representante o poder absoluto. O representante ocupa, portanto, a posição de tabu, que mantém o desejo narcísico e onipotente rejeitado entre os membros. Do ponto de vista do representante, significa submeter seu ideal de Eu aos ideais do grupo, num movimento contrário ao do líder descrito por Freud em Psicologia das massas e análise do eu. Essa hipótese foi usada para analisar a história de vida de um representante sindical e retratar seu sofrimento psíquico durante sua atuação e após a saída do sindicato. A psicanálise e a psicossociologia são as principais teorias de base utilizadas, em destaque os textos de S. Freud, R. Kaës, J. Barus-Michel e E. Enriquez.

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Publicado

2017-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O representante eleito como intermediário entre o grupo e o poder. (2017). Psicologia USP, 28(2), 196-205. https://doi.org/10.1590/0103-656420150106