A prática de atenção à saúde nos estabelecimentos psicossociais: efeitos do modo capitalista de produção

Autores

  • Ana Flávia Dias Tanaka Shimoguiri
  • Abílio da Costa Rosa Universidade Estadual Paulista; Faculdade de Ciências e Letras de Assis

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420160123

Palavras-chave:

modo capitalista de produção, reforma psiquiátrica, atenção psicossocial

Resumo

O modo de produção de bens materiais é correlato ao modo de produção de saúde e indica as formas de subjetivação possíveis em uma sociedade, portanto, está relacionado às maneiras como impasses sociais e psíquicos se materializam. Os conflitos da luta de classes produzem contradições, de maneira que é crucial observar que os sintomas desencadeadores das crises vêm enunciar objeção ao contexto social no qual emergiram. Partindo da análise organizacional, constatamos que os estabelecimentos institucionais de saúde mental no contexto do modo capitalista de produção têm servido para agenciar essas crises no sentido de dissuadi-las. Observa-se que, apesar dos avanços da reforma psiquiátrica brasileira, os estabelecimentos psicossociais ainda servem à adaptação social, produzindo subjetividades alienadas e reproduzindo formas históricas de dominação-subordinação, como a internação psiquiátrica e a medicalização da vida e do sofrimento.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A prática de atenção à saúde nos estabelecimentos psicossociais: efeitos do modo capitalista de produção. (2017). Psicologia USP, 28(3), 389-395. https://doi.org/10.1590/0103-656420160123