Big Data, exploração ubíqua e propaganda dirigida:

novas facetas da indústria cultural

Autores

  • Deborah Christina Antunes Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia
  • Ari Fernando Maia Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Psicologia. Bauru

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420170156

Palavras-chave:

indústria cultural, teoria crítica da sociedade, Big Data, cultura digital

Resumo

A emergência da cultura digital a partir do desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação levou a críticas ao conceito de indústria cultural elaborado por Horkheimer e Adorno nos anos 1940, definindo a nova configuração a partir da interatividade, comunicação aberta e maior liberdade entre usuários. Entretanto, a um olhar crítico, a nova configuração se revela mais totalitária que a anterior. Todas as ações dos usuários no ambiente digital geram informações que podem ser compiladas e organizadas de acordo com algoritmos matemáticos, configurando o chamado Big Data; essas informações incluem dados sobre preferências, tendências políticas, gênero e perfis de personalidade, e levam a tentativas de vigilância ubíqua e manipulação por meio de propaganda dirigida, sendo política e economicamente muito mais eficaz do que na era da indústria cultural descrita por Adorno. A atualização da teoria crítica da sociedade implica compreender essa nova configuração, suas pretensões e contradições. Nesse sentido, este artigo objetiva tanto atualizar o conceito de indústria cultural, denunciando, assim, as novas formas de manipulação, quanto criticar a ideia de que a liberdade é imanente à Cultura Digital, presente em seus defensores.

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Publicado

2018-10-05

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Big Data, exploração ubíqua e propaganda dirigida:: novas facetas da indústria cultural. (2018). Psicologia USP, 29(2), 189-199. https://doi.org/10.1590/0103-656420170156