“Tortura que não acaba”: análise do sofrimento de mães de jovens assassinados em Fortaleza

Autores

  • Jéssica Silva Rodrigues Universidade Federal do Ceará
  • João Paulo Pereira Barros Universidade Federal do Ceará
  • Luís Fernando de Souza Benicio Universidade Federal do Ceará
  • Carla Jéssica de Araújo Gomes Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564e210142

Palavras-chave:

Mães, Jovens assassinados, Interseccionalidade, Sofrimento psicossocial

Resumo

Este artigo pretende analisar, a partir de um prisma interseccional, o sofrimento psicossocial de mães de jovens assassinados nas dinâmicas da violência em territórios periféricos de Fortaleza, no Ceará. As reflexões são oriundas de uma pesquisa-intervenção, que, ao tomar a interseccionalidade como conceito-chave, permitenos acompanhar realidades vividas de mulheres sem incorrer em uma despolitização e individualização de seus sofrimentos. O trabalho buscou articulações de estudos da Psicologia Social com autoras dos feminismos e de áreas afins que tratam sobre violências, mulheres negras e interseccionalidades. Os dados foram produzidos por entrevistas e observações de mobilizações sociais. A seção de resultados e discussão chama a atenção para: (1) processos de culpabilização e sua relação com classe, raça e gênero, em que as mortes dos filhos são indutoras de maior precarização nas vidas dessas mulheres; e (2) medo, isolamento, solidão e silenciamento atuantes no sofrimento psicossocial, produzindo novas formas de sociabilidade.

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Biografia do Autor

  • Jéssica Silva Rodrigues, Universidade Federal do Ceará

    Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

  • João Paulo Pereira Barros, Universidade Federal do Ceará

    Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

  • Luís Fernando de Souza Benicio, Universidade Federal do Ceará

    Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

  • Carla Jéssica de Araújo Gomes, Universidade Federal do Ceará

    Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

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Publicado

2022-09-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

“Tortura que não acaba”: análise do sofrimento de mães de jovens assassinados em Fortaleza. (2022). Psicologia USP, 33, e210142. https://doi.org/10.1590/0103-6564e210142