O luto da ciência ideal
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564e210162Palavras-chave:
Luto, Ciência, Psicanálise, IdealResumo
A ciência moderna tem sido objeto de idealizações desde sua emergência, as quais parecem perdurar mesmo após revisões e críticas presentes na filosofia da ciência contemporânea. Isso indica que parte das tentativas de readequação da imagem que se constrói sobre a ciência – e dos discursos que circulam sobre ela – não parece ter efeito. Propomos, neste artigo, que essas dificuldades resultam, em parte, da complexidade em lidar com os investimentos libidinais dos processos de idealização. Isso é indicado com base na teoria psicanalítica e na filosofia da ciência, sendo seguido por um trabalho conceitual sobre os mecanismos atuantes em processos identificatórios e nos possíveis efeitos da perda de um ideal, sustentando a necessidade de realização de um luto. Assim, afirmamos que desidealizar a ciência é, sobretudo, uma maneira de fortalecê-la.
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