Ferenczi e a clínica psicanalítica contemporânea: uma revisão sobre suas contribuições ao papel do analista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/

Palavras-chave:

analista, clínica psicanalítica, Ferenczi

Resumo

Objetivou-se fazer uma revisão sistemática da produção científica nacional e internacional, no período de 2015 a 2020, sobre a obra de Sándor Ferenczi e suas contribuições à clínica psicanalítica na contemporaneidade, no que concerne ao papel do analista. Os seguintes descritores foram utilizados: “Ferenczi” “clínica psicanalítica” e “analista”. As bases de dados pesquisadas foram: P@rthenon, SciELO e Pepsic. Foi utilizada a metodologia da Análise de Conteúdo. O processo de análise levou a leitura dos títulos, resumos e textos completos, e 52 artigos preencheram os critérios. A pesquisa compreendeu que a retomada dos trabalhos de Ferenczi quanto ao papel do analista evidenciam uma nova configuração de relação analítica baseada em uma ética do cuidado. O papel do analista apresenta-se como uma possibilidade de contorno e sustentação às experiências traumáticas, colaborando com o paciente, na produção de sentidos e elaborações dessas experiências.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Alencar, S. (2018). São 788 degraus: a psicanálise sobe o morro. Cadernos de psicanálise (Rio de Janeiro), 40(38), 59-76.

Almeida, A. P. (2019). Para além da interpretação: repensando os enquadres e a escuta na psicanálise com crianças. Estilos da Clínica, 24(1), 121-133. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i1p121-133

Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Casadore, M. M. (2012). Sándor Ferenczi e a psicanálise: pela errância das experimentações. São Paulo, SP: Cultura Acadêmica.

Ferenczi, S. (2011). Confusão de línguas entre os adultos e a criança: a linguagem da ternura e da paixão. In S. Ferenczi, Obras Completas: Psicanálise IV (Álvaro Cabral, trad.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Trabalho originalmente publicado em 1933).

Ferenczi, S. (2011). A criança mal acolhida e sua pulsão de morte. In S. Ferenczi, Obras Completas: Psicanálise IV (Álvaro Cabral, trad.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Trabalho originalmente publicado em 1929).

França, R. M. P., & Rocha, Z. (2015). Por uma ética do cuidado na psicanálise da criança. Psicologia USP, 26(3), 414-422. https://doi.org/10.1590/0103-656420140045

Gondar, J. (2016). Terror, terrorismo e reconhecimento. Cadernos de psicanálise (Rio de Janeiro), 38(35), 129-141.

Haynal, A. E. (1995). A técnica em questão: controvérsias em psicanálise: de Freud e Ferenczi a Michael Balint. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Haynal, A. E. (2018). Mutuality. The American Journal of Psychoanalysis, 78, 342-349. https://doi.org/10.1057/s11231-018-9158-1

Herzog, R., & Pacheco-Ferreira, F. (2015). Trauma e pulsão de morte em Ferenczi. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 18(2), 181-194. Recuperado de https://dx.doi.org/10.1590/S1516-14982015000200002

Kahtuni, H. C., Sanches, G. P. (2009). Dicionário sobre o pensamento de Sándor Ferenczi: uma contribuição à clínica psicanalítica contemporânea. São Paulo, SP: FAPESP.

Kupermann, D. (2016). Trauma, sofrimento psíquico e cuidado na Psicologia Hospitalar. Revista da SBPH, 19(1), 6-20. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582016000100002&lng=pt&tlng=pt

Kupermann, D. (2017). Searching for a Sensitive Way of Working Through. The American Journal of Psychoanalysis , 77, 255-264. Recuperado de https://doi.org/10.1057/s11231-017-9101-x

Kupermann, D. (2019). A virada de 1928: Sándor Ferenczi e o pensamento das relações de objeto na psicanálise. Cadernos de psicanálise (Rio de Janeiro), 41(40), 49-63. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000100004&lng=pt&tlng=pt

Lejarraga, A. L. (2018). O fazer analítico nos dias atuais. Cadernos de Psicanálise ( Rio de Janeiro), 40(38), 11-26.

Lescovar, G. Z., & Safra, G. (2005). Sándor Ferenczi (1873-1933): o início de um pensamento. Estudos de Psicologia (Natal), 10(1), 113-119. Recuperado de https://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2005000100013

Maciel Jr., A. (2016). Einfuhlung: A ética do “sentir com”. Tempo psicanalitico, 48(1), 232-248.

Martins, K. P. H., Neves, B. S. C, Dauer, E. T., & Teixeira, I. F. (2018). Angústia e vergonha na clínica psicanalítica em situações de pobreza e outras vulnerabilidades. Tempo psicanalitico , 50(2), 265-289.

Medeiros, E. C.; Peixoto Junior, C. A. (2016). O manejo clínico de “casos difíceis”: herança e atualidade de Sándor Ferenczi nas abordagens de Winnicott e Balint. Revista Subjetividades, 16(2), 46-59. Recuperado de https://dx.doi.org/10.5020/23590777.16.2.46-59

Mello, R. M., Féres-Carneiro, T., & Magalhães, A. S. (2019). Trauma, clivagem e progressão intelectual: um estudo sobre o bebê sábio ferencziano. Psicologia em Estudo, 24(20). https://doi.org/10.4025/psicolestud.v24i0.45390

Mello, R. M., Féres-Carneiro, T., & Magalhães, A. S. (2015). A maturação como defesa: uma reflexão psicanalítica à luz da obra de Ferenczi e Winnicott. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 18(2), 268-276. https://dx.doi.org/10.1590/1415-4714.2015v18n2p268.6

Oliveira, C. E. M. (2008). Ferenczi: em busca da presença afetiva na clínica. Cadernos de Psicanálise (Rio de Janeiro), 30(21), 133-155.

Pereira, L. F., & Winograd, M. (2017). Trauma e narrativa: o impacto da leucemia na infância. Cadernos de psicanálise (Rio de Janeiro), 39(36), 175-198. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952017000100010&lng=pt&tlng=pt

Reis, E. S. (2017). So, Doctor, Now, What Do I Do. The American Journal of Psychoanalysis , 77(1), 64-77, doi:10.1057/s11231-016-9080-3

Sales, J. L., Oliveira, R. H., & Pacheco-Ferreira, F. (2016). Clivagem: a noção de trauma desestruturante em Ferenczi. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 68(2), 60-70. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672016000200006&lng=pt&tlng=pt

Sampaio, A. (1996). Psicanálise: dificuldades e impasses no fim do século. Cogito, 1, 11-15. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94791996000100003&lng=pt&tlng=pt

Vieira, B. A. (2018). Considerações sobre as modificações de Ferenczi à técnica psicanalítica e os desenvolvimentos posteriores de Winnicott. Cadernos de psicanálise (Rio de Janeiro), 40(38), 79-96.

Downloads

Publicado

2024-04-05

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Ferenczi e a clínica psicanalítica contemporânea: uma revisão sobre suas contribuições ao papel do analista. (2024). Psicologia USP, 35, e210160. https://doi.org/10.1590/