A versão de sentido e seu uso na Psicologia: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.1590/Palavras-chave:
versão de sentido, experiência vivida, relato, revisão integrativa, método fenomenológicoResumo
A versão de sentido foi desenvolvida há mais de vinte anos como instrumento de registro e reflexão na prática psicoterápica. Trata-se de um modo breve de registrar a experiência essencial de uma sessão, diferentemente do costumeiro e longo relatório. Desde a sua origem, o uso da versão de sentido tem se espalhado por várias regiões do Brasil, tanto na clínica quanto na academia. Esta revisão integrativa tem como objetivo verificar a evolução do conceito de versão de sentido desde a sua concepção até os dias atuais e em quais contextos é utilizada. Os 29 trabalhos selecionados revelam que a versão de sentido vem sendo usada em diversos contextos, com uma variedade de procedimentos e caracterizações que, no entanto, não eliminam a intenção comum de facilitar o acesso ao sentido vivido pelos participantes do encontro.
Downloads
Referências
Alves, V. L. P., & Lima, D. D. (2012). Os primeiros passos no processo de tornar-se psicoterapeuta sob o referencial da Abordagem Centrada na Pessoa. Revista Brasileira de Psicoterapia, 14(1), 62-75. Recuperado de http://tinyurl.com/35m4e2a3
Amatuzzi, M. M. (2010). Versão de Sentido. In M. M. Amatuzzi (Org.), Por uma psicologia humana (pp. 75-89). Campinas, SP: Alínea. (Trabalho original publicado em 1996)
Amatuzzi, M. M., Solymos, G. M. B., Ando, C., Bruscagin, C. B. S., & Costabile, C. (1991). O sentido-que-faz-sentido: uma pesquisa fenomenológica no processo terapêutico. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 7(1), 1-12. Recuperado de http://tinyurl.com/2t2ma7kx
Bacellar, A., Rocha, J. S. X., & Flôr, M. S. (2014). Gestão organizacional centrada no grupo: relato de experiência. Revista da Abordagem Gestáltica – Phenomenological Studies, 20(1), 41-50. Recuperado de http://tinyurl.com/y4anftec
Baungart, T. A. A., & Amatuzzi, M. M. (2013). Grupo de crescimento psicológico na formação sacerdotal: pertinência e possibilidades. Revista Interinstitucional de Psicologia, 6(2), 266-281. Recuperado de http://tinyurl.com/m667wvsf
Boris, G. D. J. B. (2008). Versões de sentido: um instrumento fenomenológico-existencial para a supervisão de psicoterapeutas iniciantes. Psicologia Clínica, 20(1), 165-180. https://doi.org/10.1590/S0103-56652008000100011
Buber, M. (1982). Do diálogo e do dialógico. São Paulo, SP: Perspectiva.
Camacho, M. R. (2006). Memórias de um tempo junto a crianças com câncer. Psicologia, Ciência e Profissão, 26(2), 176-189. https://doi.org/10.1590/S1414-98932006000200002
Cambuy, K., & Amatuzzi, M. M. (2008). Grupo de reflexão com profissionais do programa saúde da família. Psicologia em Estudo, 13(3), 613-618. Recuperado de http://tinyurl.com/ym9x4n6r
Cordovil, J. B., Vieira, E. M., Alves, V. L. P., Pinheiro, F. P. H. A., & Rodrigues, C. S. D. (2021). Alteridade na Prática da Abordagem Centrada na Pessoa a partir de Versões de Sentido de Terapeutas Iniciantes. Contextos Clínicos, 14(2). https://doi.org/10.4013/ctc.2021.142.02
Correia, K. C. R., & Moreira, V. (2016). A experiência vivida por psicoterapeutas e clientes em psicoterapia de grupo na clínica humanista-fenomenológica: uma pesquisa fenomenológica. Psicologia USP, 27(3), 531-541. http://dx.doi.org/10.1590/0103-656420140052
Costa, A. C., Mateus, I. A., & Santos, G. F. (2012). A versão de sentido na clínica gestáltica: um relato da apreensão do método pelo psicoterapeuta iniciante. REC, 1(2), 35-45. http://dx.doi.org/10.25190/rec.v1i2.1295
Cronin, M. A., & George, E. (2020). The why and how of the integrative review. Organizational Research Methods, 26(1). https://doi.org/10.1177/1094428120935507
Filho, J. A. D. S., Moreira, L. A., & Holanda, M. L. A. (2018). Uma Abordagem sobre os Relacionamentos Amorosos e o Adoecimento Psíquico: Relato de Experiência. ID on line Revista de Psicologia, 12(41), 789-800. https://doi.org/10.14295/idonline.v12i41.1203
Fraga, M. A. B., & Gomes, V. (2019). Altas habilidades/superdotação na perspectiva da inclusão escolar: Experiências fenomenológicas a partir da implementação de diretrizes municipais. Revista Educação Especial, 32. https://doi.org/10.5902/1984686X33613
Galhardo, D. P., & Pereira, O. P. (2017). O clube do livro identidade: Uma análise fenomenológica e gestáltica. Phenomenological Studies – Revista da Abordagem Gestáltica, 22(1), 89-96. https://doi.org/10.18065/RAG.2016v22n1.10
Guedes, D. D., Monteriro-Leitner, J., & Machado, K. C. R. (2008). Rompimento amoroso, depressão e autoestima: estudo de caso. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 8(3), 603-643. Recuperado de http://tinyurl.com/46t9daht
Lopes, J. C., Lima, F. O. M., Freire, S. F. C. D., & Pulino, L. H. C. Z. (2021). Uma Formação Pedagógico-Reflexiva em Psicologia: Análise de Diários de Aprendizagem. Phenomenological Studies - Revista da Abordagem Gestáltica, 27(2), 159-168. https://doi.org/10.18065/2021v27n2.3
Macêdo, S., Souza, M. P. G., & Nunes, A. L. P. (2021). Experiências de Estudantes de Psicologia ao Conduzir Grupos com outros Universitários. Phenomenological Studies – Revista da Abordagem Gestáltica, 27(2), 147-158. https://doi.org/10.18065/2021v27n2.2
Maia, J. V. M., Freire, J. C., & Oliveira, M. A. (2012). “Versando sentidos” sobre o processo de aprendizagem em gestalt-terapia. Revista da Abordagem Gestáltica, 18(2), 179-187. Recuperado de http://tinyurl.com/bdffcd3x
Martins, R. C. (1999). Avaliação crítica de uma experiência de ensino-aprendizagem. Revista Estudos de Psicologia, 16(2), 54-64. https://doi.org/10.1590/S0103-166X1999000200007
Messias, J. C., Lima, P. P. F., & Orenes, G. C. P. (2018). O uso da Focalização na Orientação Profissional: Uma proposta experiencial. Revista Psicologia e Saúde, 10(2), 03-14. https://doi.org/10.20435/pssa.v10i2.668
Milanesi, P. V. B., & Amatuzzi, M. M. (2008). Os sentidos da liberdade segundo professores da educação básica. Psicologia da Educação, 27(2), 115-139. Recuperado de http://tinyurl.com/2b44828m
Ming-Wau, C., Gonçalves, Y. N., Medeiros, M. D., & Lima, D. M. A. (2019). A clínica gestáltica sob a ótica do psicoterapeuta iniciante. Revista Nufen: Phenomenologia Interdisciplinas, 11(1), 22-38. https://dx.doi.org/10.26823/RevistadoNUFEN.vol11.nº01artigo43
Nobre, D. S., & Souza, A. M. (2018). Vivências de pais e/ou cuidadores de crianças com autismo em um serviço de plantão psicológico. Revista Baiana de Enfermagem, 32, 1-9. https://doi.org/10.18471/rbe.v32.22706
Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., … Moher, D. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ, 372(71). https://doi.org/10.1136/bmj.n71
Prebianchi, H. B., & Amatuzzi, M. M. (2000). Análise de uma experiência de supervisão clínica. Revista Estudos de Psicologia, 17(1), 55-63.
Roveda, A., & Barbosa, N. C. (2020). Considerações sobre a formação clínica do estudante no serviço de psicologia aplicada (SPA). Dossiê de Psicologia – Experiências de Ensino e Formação Profissional, 16(4). https://doi.org/10.5216/rir.v16i4.65977
Silva, S. S., Filho, F. B. S., Menezes, N. C., Gonzaga, B. J. C., & Teles, C. M. S. (2014). O sentido de ser professor da língua portuguesa em escola pública: uma pesquisa fenomenológica. Revista da Abordagem Gestáltica – Phenomenological Studies, 20(1), 31-40. Recuperado de: http://tinyurl.com/3yuy4vnd
Sousa, V. D. (2006). O psicólogo e a saúde pública: uma leitura fenomenológica das vivências cotidianas de estagiários na atenção básica (Tese Doutorado). Programa de Pós-graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas.
Sousa, V. D., & Cury, V. E. (2009). Psicologia e atenção básica: Vivências de estagiários na Estratégia de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, 14(suppl 1), 1429-1438. https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000800016
Souza, G. W., & Macêdo, S. (2018). Grupo interventivo com genitores(as) de crianças vítimas de violência sexual. Phenomenological Studies – Revista da Abordagem Gestáltica, 24(3), 265-274. https://doi.org/10.18065/RAG.2018v24n3.1
Túbero, A. S., & Rocha, R. M. G. (2020). Os Bastidores da Psicoterapia: Descrição de Sentidos e a Supervisão Clínica na Abordagem Fenomenológica. Phenomenological Studies – Revista da Abordagem Gestáltica, 26(Especial), 370-381. https://doi.org/10.18065/2020v26ne.2
Vasconcelos, A., & Souza, S. (2022). Ludoterapia e alteridade: uma experiência de ludoterapia grupal à luz de Lévinas. Psicologia em Estudo, 27. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.47800
Vieira, E. M., Bezerra, E. N., Pinheiro, F. P. H. A., & Branco, P. C. C. (2018). Versão de sentido na supervisão clínica centrada na pessoa: alteridade, presença e relação terapêutica. Revista Psicologia e Saúde, 10(1), 63-76. http://dx.doi.org/10.20435/pssa.v9i1.375
Vercelli, L. C. A. (2006). Versões de sentido: um instrumento metodológico. Cadernos de Pós-Graduação-educação, 5(1), 191-195. https://doi.org/10.5585/cpg.v5n1.1856
Whittemore, R., & Knafl, K. (2005). The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing, 52(5), 546-553. https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Psicologia USP
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Todo o conteúdo de Psicologia USP está licenciado sob uma Licença Creative Commons BY-NC, exceto onde identificado diferentemente.
A aprovação dos textos para publicação implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista Psicologia USP, que terá a exclusividade de publicá-los primeiramente.
A revista incentiva autores a divulgarem os pdfs com a versão final de seus artigos em seus sites pessoais e institucionais, desde que estes sejam sem fins lucrativos e/ou comerciais, mencionando a publicação original em Psicologia USP.