A construção da teia geométrica enquanto instinto: primeira parte de um argumento

Autores

  • César Ades Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-51771995000100008

Palavras-chave:

Comportamento instintivo animal, Aracnídeos, Construção da teia, Aprendizagem animal, Etologia animal

Resumo

Entende-se geralmente a construção da teia orbicular como um comportamento estereotipado e resistente à aprendizagem. A fim de pôr à prova esta idéia e de detectar possíveis efeitos de experiência, aranhas orbitelas adultas, Argiope argentata (Fabricius), foram mantidas por um período prolongado em caixas-suportes de diferentes tamanhos, sendo assim levadas a construir teias de proporções e tamanhos diversos. Eram depois testadas numa caixa-suporte de tamanho intermediário. Supunha-se que a experiência prévia em tecer em contextos maiores ou menores se traduziria por diferenças nas proporções internas e/ou no tamanho das teias da fase de teste. Os dados não corroboraram esta expectativa. Podem ser tomados os resultados como mais um argumento a favor de uma visão instintivista da construção da teia: prefiro tomá-los como uma indicação de que alguns aspectos da história passada não afetam as características básicas e flexíveis do programa comportamental de construção. A questão do papel que a aprendizagem pode desempenhar na habilidade tecedora da aranha permanece aberta.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

1995-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A construção da teia geométrica enquanto instinto: primeira parte de um argumento . (1995). Psicologia USP, 6(1), 145-172. https://doi.org/10.1590/S1678-51771995000100008