Winnicott e o pensamento pós-metafísico

Autores

  • Zeljko Loparic Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-51771995000200003

Palavras-chave:

Winnicott^i1^sDonald, Winnicott^i1^s1896-1, Psicanálise, Metafísica, Metapsicologia

Resumo

O propósito do trabalho é o de esboçar uma leitura heideggeriana de Winnicott. Partindo do fato de que o convite para tratar filosoficamente certos problemas fundamentais da psicanálise vem do próprio Freud, o autor tenta mostrar que seu pensamento pode ser proveitosamente aproximado do pensamento de Winnicott. Enquanto o filósofo postula a diferença entre os múltiplos sentidos de ser das coisas do mundo e o sentido de ser do homem, o psicanalista propõe que o processo de constituição do sentido de ser, ignorado pela psicanálise tradicional, é uma tarefa que faz parte dos problemas intrínsecos ao existir humano desde o início e que essa questão não pode mais ser acomodada no interior da metafísica da representação. O texto não se propõe a estabelecer uma unidade sistemática entre os dois pensadores, senão, antes uma afinidade conceitual que se situa não apenas na área da epistemologia, mas sobretudo na da ontologia.

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Publicado

1995-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Winnicott e o pensamento pós-metafísico . (1995). Psicologia USP, 6(2), 39-61. https://doi.org/10.1590/S1678-51771995000200003