A exclusão no Ciclo Básico: uma pedagogia de aparências

Autores

  • Ivana Serpentino Castro Feijó Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Marilene Proença Rebello de Souza Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-51771996000100006

Palavras-chave:

Fracasso escolar, Ensino de 1º grau, Ciclo Básico, Política educacional, Psicologia escolar

Resumo

A partir da intervenção junto a uma escola, as autoras desvendam algumas de suas práticas geradoras de repetência no Ciclo Básico da rede de ensino de 1º grau do Estado de São Paulo das quais destacam duas: 1) alunos que vieram transferidos de outra escola, na sua grande maioria, repetem de ano; 2) as classes, em sua composição, podem ser consideradas heterogêneas quanto ao número de repetências na história escolar de seus alunos, mas são tratadas como fracas e fortes; isto sim determina a expectativa de aprovação ou reprovação de seus alunos. O fracasso escolar parece estar longe de relacionar-se com a produção do aluno, apesar de sua incapacidade ser insistentemente usada como justificativa. Essa escola vive um"como se" de aparências que contrasta com suas práticas geradoras de repetência, postura essa afinada com a política educacional do Estado de"contornar" a questão do fracasso escolar, ao invés de superá-la.

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Publicado

1996-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A exclusão no Ciclo Básico: uma pedagogia de aparências . (1996). Psicologia USP, 7(1-2), 115-131. https://doi.org/10.1590/S1678-51771996000100006