Relações sociais: as trocas e os mitos de um mundo sem trocas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000100010Palavras-chave:
Interação social, Violência, ConflitoResumo
Neste ensaio, discute-se o fenômeno da troca como a instituição que funda o nascimento da cultura e das relações sociais. A busca de compreensão deste fenômeno se baseou na análise de dois momentos mítico-teóricos nos quais as formas de interação são marcadas pela ausência das trocas: de um lado, os conceitos operatórios que se referem a um estágio pré-cultural da humanidade, evocados distintamente por Hobbes e por Freud, num contexto de pura violência; de outro lado, a invenção da idéia de gratuidade, o que supõe a impossibilidade da reciprocidade, dada a desigualdade estrutural entre as partes em interação. Apesar de as trocas serem analisadas como o fundamento maior das relações sociais, típicas dos estágios avançados da cultura, isso não evita que também elas sejam, quase sempre, marcadas pela desigualdade e permanentemente atravessadas pela irrupção de conflitos. Estes, no entanto, são tomados como um elemento essencial para o desenvolvimento da cultura e para a dinâmica das relações sociais.Downloads
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Publicado
2006-03-01
Edição
Seção
Artigos Originais
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Como Citar
Relações sociais: as trocas e os mitos de um mundo sem trocas. (2006). Psicologia USP, 17(1), 155-179. https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000100010