Migração e referenciais identificatórios: linguagem e preconceito
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-65642009000200007Palavras-chave:
Migração, Referenciais identificatórios, Linguagem, PreconceitoResumo
A ausência de diálogos no mundo massificado impõe um discurso padronizado. Tenta-se eliminar as diferenças e os limites que estruturam as identidades são ameaçados. A violência desse mundo joga para a periferia grandes segmentos da população, condenados a viver em condições desumanas. Migrantes e imigrantes, desenraizados dos fundamentos de suas identidades, constituem parte expressiva dessa população. Grandes metrópoles, como São Paulo, são verdadeiros lócus do embate intercultural que os ameaça. Nossa discussão se apóia em trabalho de pesquisa anterior com crianças nordestinas em escolas paulistas - pudemos constatar o preconceito, a humilhação que atingem essa população. O ponto de partida para a humilhação é, quase sempre, sua linguagem regional, vista como errada e inadequada. A lingüística e a sociolingüística nos mostram o contrário. Entretanto, tudo que enraíza e fortalece a identidade é negado. A barbárie civilizada destrói desejo, sonhos, esperança, alteridade.Downloads
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Publicado
2009-06-01
Edição
Seção
Artigos Originais
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Como Citar
Migração e referenciais identificatórios: linguagem e preconceito. (2009). Psicologia USP, 20(2), 251-268. https://doi.org/10.1590/S0103-65642009000200007