Surdez, mediação e linguagem na escola

Autores

  • Rute Oliveira do Bomfim Universidade Federal de Santa Maria; Programa de Distúrbios da Comunicação Humana
  • Ana Paula Ramos de Souza Universidade Federal de Santa Maria; Programa de Distúrbios da Comunicação Humana

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642010000200010

Palavras-chave:

Mediação, Aprendizagem, Linguagem, Interação, Surdez

Resumo

Este estudo examina como os princípios de mediação, tomando por base a Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM), de Reuven Feuerstein, e de aquisição da linguagem numa abordagem interacionista, podem interferir nas práticas educacionais e/ou terapêuticas na surdez, considerando a linguagem com foco de aprendizagem/aquisição. O contexto de pesquisa foi um grupo de quatro crianças surdas e suas duas professoras, uma surda falante de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e outra ouvinte responsável pelo português. O objetivo foi analisar o quão frequentes foram os princípios de mediação e de aquisição antes e depois de uma intervenção formativa com as professoras. Também se investigaram as consequências na linguagem das crianças em ambas as línguas e no contexto familiar. Os resultados demonstraram consequências importantes na comunicação das crianças, observadas pelas mães no contexto familiar, e mudanças no processo de mediação das professoras em sala de aula. Entre os princípios mais frequentes encontraram-se os de intencionalidade-reciprocidade, busca de significado, transcendência e mediação do sentimento de competência. As crianças se tornaram mais ativas tanto na sala de aula quanto no contexto familiar.

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Publicado

2010-06-01

Como Citar

Surdez, mediação e linguagem na escola. (2010). Psicologia USP, 21(2), 417-437. https://doi.org/10.1590/S0103-65642010000200010