Desamparo e alteridade: o sujeito e a dupla face do outro
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000033Palavras-chave:
Desamparo, Constituição psíquica, Alteridade, Semelhante, EstranhoResumo
Abordaremos, neste artigo, a noção de alteridade, que se encontra intrinsecamente articulada na obra freudiana ao estado de desamparo do ser humano. O recém-nascido, por causa de sua imaturidade motora e psíquica, é incapaz de satisfazer por si só suas necessidades vitais de sobrevivência, o que tem como contrapartida a dependência do outro, condição estruturante do próprio sujeito. Analisa-se a alteridade como um complexo com dupla face, tecido em uma relação que remete ao mesmo tempo ao semelhante e ao estranho, o que engendra um risco para o sujeito: não há qualquer garantia quanto ao que se pode esperar do outro. Debruçar-nos-emos sobre esse estado característico do início da vida, que lança o homem ao campo do outro, da linguagem e da cultura, para mostrar como se dá o processo de constituição psíquica. Propomos que o estado de desamparo está associado à incerteza e à ausência de garantias provindas do outro.Downloads
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Publicado
2011-12-01
Edição
Seção
Artigos Originais
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Como Citar
Desamparo e alteridade: o sujeito e a dupla face do outro. (2011). Psicologia USP, 22(4), 747-770. https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000033