Triste e Incompleta: Uma Visão Feminina da Mulher Infértil

Autores

  • Zeidi Araujo Trindade Universidade Federal do Espírito Santo
  • Sônia Regina Fiorim Enumo Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642002000200010

Palavras-chave:

Infertilidade, Maternidade, Representação social

Resumo

Este artigo relata resultados de uma pesquisa que teve como objetivo investigar as representações sociais da infertilidade feminina, entre mulheres de diferentes estratos sociais. Foram entrevistadas 180 mulheres, com idade variando entre 18 e 40 anos, sendo 90 moradoras de bairros populares, e 90 moradoras de dois bairros considerados de classe-média. Cada grupo foi dividido em 3 subgrupos: a) 30 mulheres casadas, com pelo menos um filho biológico; b) 30 mulheres casadas há pelo menos 1 ano, sem filhos; c) 30 mulheres solteiras, sem filhos. Para a coleta de dados utilizou-se a técnica de associação livre, tendo como expressão geradora "mulher que não pode ter filhos", além de perguntas específicas sobre a temática de interesse. Os dados mostraram como principais elementos do campo representacional tristeza, incompleta, frustração, cobrança dos outros, solidão, pessoa inferior, adoção, busca de soluções e não é problema, confirmando a permanência da concepção da infertilidade como uma condição estigmatizante para a mulher.

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Publicado

2002-01-01

Edição

Seção

Dossiê: Família

Como Citar

Triste e Incompleta: Uma Visão Feminina da Mulher Infértil . (2002). Psicologia USP, 13(2), 151-182. https://doi.org/10.1590/S0103-65642002000200010